Português, perguntado por bianascimento242, 1 ano atrás

sendo as grandes empresas ligadas ao cinema musicas as revistas de entretenimento etc.. entidade que versão ao lucro nao a motivos para desconfia que seus produtos sejam quase que literalmente mercadorias no sentido respido do vocábulo por que ?

alguém me ajuda por favor ❤​

materia :sociologia

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Respondido por gilbertenascimentosa
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A expressão Indústria Cultural (Kulturindustrie) foi cunhada pela primeira vez em 1947, por Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, nos fragmentos filosóficos reunidos sob o título de Dialética do Esclarecimento, termo que viria contrapor o conceito cultura de massa, por tratar de um fenômeno distinto quanto a sua natureza. Preferiram, então, "[...] usar a expressão 'indústria cultural', para evitar a confusão com uma arte que surgisse espontaneamente no meio popular, que é algo bastante diferente" (FREITAS, 2008, p. 17). Na apreciação de Wolfgang Leo Maar (2003), o termo "cultura de massas" parece indicar uma cultura solicitada pelas próprias massas, fora do alcance da totalização. Contrariamente, o termo "indústria cultural" ressalta o mecanismo pelo qual a sociedade como um todo é construída, sob o escudo do capital, reforçando as condições vigentes. Segundo Gabriel Cohn, trata-se de um conceito elaborado como resposta direta ao conceito de cultura de massa. Ambos compartilham a referência à cultura. "Mas é significativo que, enquanto na expressão 'cultura de massa' ela aparece como nome, na sua contrapartida crítica ela esteja na condição de predicado" (COHN, 1998, p. 18).

Em 1962, a indústria cultural se distingue radicalmente: enquanto a cultura popular teria um caráter mais espontâneo e nasceria internamente, numa dada comunidade, a indústria cultural constitui uma manifestação maquinal produzida exteriormente (sob a égide do capital).

A indústria cultural é fruto da oportunidade de expansão da lógica do capitalismo sobre a cultura. Não somente esse avanço progressivamente acontece no domínio do cultural, mas também, cada vez mais, nas esferas da biologia (corpo), da natureza, das relações humanas, do conhecimento etc. Como enfatizou Ernest Mandel, existe no capitalismo tardio uma tendência à industrialização das atividades superestruturais, e muitas dessas atividades já se organizam hoje em termos industriais, produzidas para o mercado e para a maximização do lucro: "[...] a pop-arte, os filmes feitos para a televisão e a indústria do disco são fenômenos típicos da cultura capitalista tardia" (MANDEL, 1985, p. 352). Daí que, para Hullot-Kentor (2008, p. 21), o conceito de indústria cultural em Adorno "[...] nos leva a crer que foi para ele um achado preciso, resultado de uma auscultação minuciosa das tendências históricas, mais do que um neologismo historicamente oportuno".

Há, contudo, quem ateste hoje em dia as limitações do conceito e, inegavelmente, a realidade atual é bem distinta daquela vigente no período vital de Theodor Adorno e Max Horkheimer. Todavia, suas limitações não invalidam, nem o fenômeno, nem tampouco o método crítico. A indústria cultural está aí! Todos os dias, seus produtos, dentre best-sellers, games, Cds e Dvds, invadem o cotidiano de bilhões de pessoas. O que dizer, então, dess continua a liquidar, não com o trabalho, mas com o trabalhador, e, para além disso, a criação de necessidades supérfluas vem se ampliando.

Logo, parte importante das limitações impostas ao debate deriva mais do fundamento não-dialético dos que apontam sua restrição do que da própria energia da teorização. Os críticos - precariamente críticos! - suprimem a dialética em Adorno e, ingenuamente.


bianascimento242: obrigada meu anjo
gilbertenascimentosa: dnd
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