segundo José Maria Gomes Qual o mito da globalização
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Basta um simples olhar sobre o discurso político e económico e sobre as notícias diárias das nossas sociedades para se constatar que o termo “globalização” se tornou a palavra-chave dos anos noventa: aplica-se aos mais diversos domínios de actividade e circunstâncias do mundo pós-Guerra Fria, aparentemente com uma assombrosa capacidade explicativa. Assim sendo, cabe perguntar se não se está perante mais uma moda intelectual do Ocidente neste final de século, de consumo rápido e descartável; ou, pelo contrário, se não se trata de algo revelador, para além do efeito de moda e de outros usos, da necessidade de empreender um esforço de conceptualização das múltiplas e profundas transformações em curso no mundo actual. Dada a visibilidade recente do tema e as controvérsias e antagonismos agudos que suscita (entre visões apologéticas e apocalípticas, por exemplo), a indagação de elementos de resposta a essa e outras interrogações pertinentes requer uma série de esclarecimentos preliminares.
De imediato, convém assinalar que o próprio termo “globalização” apresenta sérias dificuldades. De rara utilização nos círculos académicos antes de meados dos anos oitenta – embora McLuhan, nos anos sessenta, já tivesse anunciado a sua famosa metáfora da aldeia global como resultado das novas tecnologias de informação e comunicação – esse termo está marcado por uma ambivalência ou imprecisão constitutiva em função da variedade de fenómenos que abrange e dos impactos diferenciados que gera nas diversas áreas: financeira, comercial, produtiva, social, institucional, tecnológica, cultural, etc.
Além disso, evoca a falsa imagem dum mundo homogéneo e integrado, que pouco ou nada parece ter a ver com realidades de extrema fragmentação e desintegração. Porém, mais importante do que as imprecisões e as ambivalências é o facto de que o termo carrega um elevado índice de ideologização, como marca de origem.
De imediato, convém assinalar que o próprio termo “globalização” apresenta sérias dificuldades. De rara utilização nos círculos académicos antes de meados dos anos oitenta – embora McLuhan, nos anos sessenta, já tivesse anunciado a sua famosa metáfora da aldeia global como resultado das novas tecnologias de informação e comunicação – esse termo está marcado por uma ambivalência ou imprecisão constitutiva em função da variedade de fenómenos que abrange e dos impactos diferenciados que gera nas diversas áreas: financeira, comercial, produtiva, social, institucional, tecnológica, cultural, etc.
Além disso, evoca a falsa imagem dum mundo homogéneo e integrado, que pouco ou nada parece ter a ver com realidades de extrema fragmentação e desintegração. Porém, mais importante do que as imprecisões e as ambivalências é o facto de que o termo carrega um elevado índice de ideologização, como marca de origem.
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