Segundo Guimarães (2012), na língua portuguesa, assim como em qualquer outro idioma, os falantes precisam percorrer dois ‘eixos’ para construir enunciados: o da seleção e o da combinação. GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012 Pautando-se nessa ideia, analise as frases que seguem: a) Cuidado! O cachorrinho fugiu! b) Olha lá! O cãozinho escapou! c) E agora! O danadinho sumiu! Considerando o contexto acima apresentado, analise a aplicabilidade da dicotomia sintagma e paradigma: I) O nível da seleção, ou paradigma, se explica pelos diferentes modos como se refere ao animal de estimação: cachorrinho, cãozinho e danadinho e também pelo verbo de ação praticado pelo animalzinho: fugiu, escapou, sumiu. II) A ação verbal utilizada para descrever a ação do animalzinho foi apresentada de diferentes maneiras: fugiu, escapou, sumiu. O fenômeno é explicado pela dicotomia saussuriana sintagma e paradigma e, o caso apresentado, pode ser utilizado para explicar o paradigma (ou seleção/escolha) que o falante faz nas suas relações sociais. III) O sintagma (ou combinação) é um aspecto importante para explicar que não há possibilidades infinitas de combinação dentro das regras que compõe a formação da língua portuguesa brasileira. Por exemplo: não se coloca o artigo (no exemplo: a vogal "o") posterior ao substantivo (no exemplo: cachorrinho, cãozinho, danadinho). A explicação esclarece que não se fala ou escreve "cachorrinho o fugiu". IV) A dicotomia saussuriana "sintagma e paradigma" pode ser utilizada pelo professor de língua portuguesa brasileira como ferramenta explicativa para orientar os alunos sobre a base que justifica o fato de que os elementos não apresentam uma distribuição aleatória, mas sim uma distribuição organizada e ordenada. Por exemplo: posso escrever/dizer "o cachorrinho fugiu", mas há a perda de sentido em "fugiu cachorrinho o", comprovando que a nossa língua é formada por um conjunto de regras definidas pelo sistema. É correto o que se afirma em:
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I, III e IV.
O falante de qualquer língua faz uso de escolhas, denominadas de sintagmas, que realizavam o preenchimento de uma espécie de regra do tipo internalizada, que recebe o nome de paradigma. Como por exemplo, no caso da explicação dos sintagmas aos quais o falante faz a escolha de suas relações sociais, que não são os paradigmas.
Lembrando que a existência do paradigma resulta em limitações das opções, sintagmas, que o falante pode dar algum sentido à frase.
Bons estudos!
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3
Resposta:
ALTERNATIVA CORRETA: l, lll e lV
boa sorte nos estudos.
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