Schopenhauer: pensamento filosofico sobre o desespero humano.
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Arthur Schopenhauer é um filósofo em tom pessimista: vivemos o “pior dos mundos”, um mundo de dores e sofrimentos do qual o pensamento, a arte e a ética da compaixão serão seu consolo.
Sua filosofia coloca a vontade, e não a razão, como o princípio que governa o mundo. A realidade não é racional e o racional não é real. A realidade verdadeiramente real é a vontade cega e a razão é apenas a superfície no oceano da irracionalidade.
Para Schopenhauer a vontade e representação são dois pontos de vista da totalidade do mundo. A representação é o mundo como ele aparece à consciência, como fenômeno, segundo o princípio de razão. A vontade é o mundo em si, a coisa em si, a essência do mundo, para além do fenômeno, independente da consciência.
O mundo como representação é ilusão e aparência enganadora. É aparência enganadora porque, do ponto de vista do tempo, as coisas são fluxo constante, são ser e deixar de ser. Cada instante de tempo só existe na medida em que destrói o instante anterior e por outro, posterior, será destruído.
Enquanto fenômeno o mundo é representação, mas em sua essência o mundo é Vontade A chave que abre a porta do mundo como representação para o mundo como vontade está no “corpo”. O corpo, para o puro sujeito que conhece, é um objeto entre outros e se compreende dentro da mesma dinâmica de qualquer objeto, isto é, no limite do princípio de razão. Mas o indivíduo não é só objeto do conhecer, é também o sujeito do conhecimento.
Para Schopenhauer, no ser humano a vontade é o elemento primordial e o intelecto é secundário. O intelecto, a razão, é um instrumento a serviço da vontade. Isso significa dizer que a vontade quer e o intelecto lhe dá as razões ou os motivos do querer.
A vida é vontade e vontade é falta, carência, desejo. A falta, a carência e o desejo, que quer ser satisfeito, traz inevitavelmente junto a si, em seu aparecer, miséria, dor e sofrimento. E isso pelo simples fato de que a vontade é em si mesmo insatisfação.
No ato da realização da vontade, fruto de uma carência e necessidade essencial, o que resulta é uma insatisfação, pois o desejo e o querer não têm limites, não têm meta, não têm finalidade ou alvo último e por isso estão lançado ao infinito.
A satisfação é sempre momentânea, o sofrimento é, contudo, sem medida e contínuo. Nenhuma satisfação dura, ela é apenas o ponto de partida para um novo desejo. A necessidade satisfeita retorna em desejo renascido de mil formas e com ela novamente a necessidade. Por isso o sinônimo de viver é sofrer. E felicidade nada mais é do que a ausência momentânea da dor. A dor é positiva, permanente, a felicidade é negativa, momentânea.
Para Schopenhauer o otimismo é sem sentido: “Não conheço absurdo maior do que aquele que a maioria dos sistemas metafísicos afirma, a saber, que o mal é algo negativo. Pois sucede exatamente o contrário: o mal é o positivo, é aquilo que em si mesmo se torna sensível; e o bem constitui o negativo, isto é, vem a ser a supressão do desejo e a eliminação da angústia."
Para quem afirma o contrário diz Schopenhauer: “quem quiser comprovar a afirmação de que no mundo o prazer ultrapassa a dor, ou que pelo menos que se mantém em equilíbrio, que compare a sensação do animal que devora um outro, com a sensação daquele que é devorado”
Bons estudos!