São os primeiros cantos de um pobre poeta.Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm adoçura dos seus cânticos de amor.É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas semfl ores; uma coroa de folhas, mas sem viço.Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas dalira interna que agitava um sonho, notas que o ventolevou, – como isso dou a lume essas harmonias.São as páginas despedaçadas de um livro não lido...E agora que despi a minha musa saudosa dos véus domistério do meu amor e da minha solidão, agora queela vai seminua e tímida por entre vós, derramar emvossas almas os últimos perfumes de seu coração, ómeus amigos, recebei-a no peito, e amai-a como o con-solo que foi de uma alma esperançosa, que depunha féna poesia e no amor – esses dois raios luminosos docoração de Deus.No prefácio, a cena enunciativa coloca o autor e o leitorem um mesmo tempo e espaço. Quais elementos lin-guísticos contribuem para esse efeito no diálogo?As vozes em terceira pessoa e a palavra "primave-ra".Os enunciados negativos e o termo "lira".As orações adversativas e o substantivo "poeta".As frases imperativas e o advérbio "agora".Os argumentos explicativos e o adjetivo "pobre".
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Letra d.
Nota-se que as frases, colocadas no imperativo, são determinantes para que a atmosfera do poema acima seja criada e transformada. Por intermédio de verbos como "amai-a" e "recebei-a", pode-se notar uma clara interação entre o poeta e o leitor.
Isso faz com que ambos estejam diante de uma mesma atmosfera, aquela que está sendo evidentemente retratada no poema, representando fator determinante ao contexto acima.
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