resumo sobre os primeiros muros dos mundos na atualidade
Soluções para a tarefa
Resposta:
Muro de Israel
O Muro de Israel – também chamado de Muro da Cisjordânia – é um dos mais polêmicos muros da atualidade, pois se estabelece em torno da área onde se encontram os territórios dos povos palestinos, que perderam parte de suas áreas após a instauração do Estado de Israel pela ONU em 1947 e os desdobramentos posteriores a esse episódio histórico.
A construção desse muro iniciou-se em 2002 e ainda se encontra em fase de execução. Seu objetivo é isolar os povos islâmicos da Cisjordânia do território judeu sob a alegação de que, assim, evitar-se-ia a proliferação de atentados terroristas. A perspectiva é de que, ao final, o muro da Cisjordânia tenha pouco menos de 800 km.
Existem várias críticas direcionadas ao Muro de Israel, como a de que ele separaria famílias, isolaria os povos palestinos de suas fontes de trabalho e de recursos naturais, além de acusações que afirmam que esse muro estaria sendo construído em áreas para além da fronteira, reduzindo ainda mais o território já diminuto dos palestinos.
Muro do México
O Muro do México vem sendo construído desde 1994 pelos Estados Unidos, principalmente com a articulação dos acordos referentes ao NAFTA (Tratado de Livre Comércio da América do Norte). Construído em várias partes da fronteira entre os dois países e contando, atualmente, com mais de mil e cem quilômetros de extensão, o seu objetivo é conter a onda migratória de mexicanos e outros povos em direção aos EUA.
Além da barreira em si, o Muro do México conta com fiscais dentro e fora de suas construções, além de equipamentos detectores de movimento e outras formas de vigiar a fronteira. No entanto, mesmo com a existência da barreira, são muitos os mexicanos que migram de uma área para outra, isso sem mencionar o número de pessoas que morrem durante o percurso, feito muitas vezes por especialistas em tráfico de pessoas, os chamados “coiotes”.
Esse muro é considerado por muitos um símbolo da ordem geopolítica atual, que é marcada pela divisão do mundo entre os países do norte desenvolvido e do sul subdesenvolvido, expressando, assim, as relações de desigualdade econômica e histórica, além das relações de dependência entre as diferentes partes do planeta.
Muros de Ceuta e Melilla
As cidades de Ceuta e Melilla encontram-se no extremo norte do continente africano, no Marrocos, e são banhadas pelo Mar Mediterrâneo. No entanto, elas são de domínio espanhol, sendo consideradas como cidades autônomas da Espanha. Por esse motivo, são muitos os imigrantes africanos que se deslocam para essas áreas com vistas a alcançar o território espanhol.
Sendo assim, a Espanha também decidiu pela criação de dois muros, um em cada cidade. Mesmo assim, o número de imigrantes é muito alto e não são raras as pessoas que morrem partindo em direção ao território espanhol através do Mar Mediterrâneo. A extensão desses muros é de 20 km.
Muro do Chipre (linha verde)
O Muro do Chipre, também chamado de Linha Verde, é uma barreira dentro da ilha europeia que já foi dominada por vários povos ao longo da história. Após a independência do país, iniciaram-se vários conflitos envolvendo a maioria turca e a minoria grega. Por essa razão, foram promovidas várias tentativas de paz que culminaram no estabelecimento da linha verde pela ONU e na construção do muro na cidade de Nicósia, em 1974.
Apesar de parte do muro ter sido destruída e de haver certa tensão entre os dois lados, ele ainda existe. No entanto, é permitido cruzar de um lado para outro, embora a barreira ainda sirva como uma espécie de vigilância e também como uma forma de demarcação territorial.
Além de todas essas barreiras, ainda existem vários outros muros espalhados pelo mundo, como o construído pelo Egito na região de fronteira com a Faixa de Gaza; o que divide o Kwait do Iraque e até mesmo um muro entre Índia e Paquistão na Caxemira, além de outros casos. De toda forma, a existência desses muros derruba o mito de que, com os avanços tecnológicos, as fronteiras estariam mais fluidas e menos fortes. Pelo contrário, a fixação dessas fronteiras ainda continua sendo uma tônica no contexto geopolítico global contemporâneo.