resumo sobre o filme...
" Até o último homem !"
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ATÉ O ÚLTIMO HOMEM: UM FILME QUE ABORDA GUERRA E RELIGIÃO COM A DIREÇÃO DE MEL GIBSON
Como ser um pacifista meio a segunda guerra mundial? É o que faz Desmond Doss (Andrew Garfield) em “Até o último Homem” filme dirigido por Mel Gibson. Baseado em uma história real de um médico que entrou e saiu da guerra sem tocar em uma arma.
Do que trata “Até o último homem”
Um filme de guerra que poderia ser como vários outros tantos nos catálogos – muitas bombas, regras, romances – mas costurado de uma forma muito sensível, creio que por se tratar de uma história real. Desmond Doss (Andrew Garfield) é filho de um condecorado herói da primeira guerra que viu todos seus amigos morrerem e agora se tornou um homem violento com a esposa e filhos. Em um momento o pai agride a mãe e a ameaça com uma arma o que causa em Doss uma reação também violenta, e justamente isso faz com que ele prometa nunca pegar em uma arma.
Desmond, vendo seus amigos partirem para guerra sente a necessidade ou mesmo uma cobrança interna em contribuir de alguma forma para seu país. Ele se alista para trabalhar como médico, salvar vidas e sendo um pacifista e temente a Deus não poderia ir contra os mandamentos, principalmente “Mão Mataras”, então, utilizar uma arma esta fora de cogitação – vai explicar uma coisa dessas para os comandantes e colegas?!
A promessa de nunca pegar em uma arma e a recusa em obedecer estas ordens levam o rapaz a passar por muitas situações difíceis, até mesmo perder o dia do seu casamento, mas nada quebra suas convicções.
O bem e o mal
A trama percorre justamente estes dilemas e coloca em pauta o bem e o mal. Como se eximir de qualquer culpa e matar os pessoas (inimigos) e ainda seguir os mandamentos de Deus? A que custo manter sua posição e integridade em um ambiente tão severo como uma guerra? O julgamento e abusos acontecem e em nenhum momento Doss se distancia do que acha correto.
Ele vai a guerra. Vai para salvar pessoas e realmente o faz. Determinado a cumprir o que acha correto e resgatar “até o último homem” mesmo que ele seja um inimigo disposto a mata-lo assim que tivesse uma chance ou colegas e superiores que o julgaram pouco tempo antes.
fonte: eh decor
Resposta:
Até o Último Homem, de Mel Gibson, é um filme de guerra brutal e verdadeiramente idiossincrático. Ele acompanha a história real de um pacifista que vai para o inferno da Segunda Guerra Mundial apenas para salvar seus companheiros.
Assim como em seus dois longas anteriores, A Paixão de Cristo e Apocalypto, Até o Último Homem mostra o trabalho de um diretor possuído pela realidade da violência como uma verdade profana mas inevitável.
No filme, durante a Segunda Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Andrew Garfield, de O Espetacular Homem-Aranha) se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas, pois isso é contra os seus valores, porém, durante a Batalha de Okinawa, ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.
O filme vai acompanhando a história de Doss e a luta com seus superiores para que ele possa trabalhar na ala médica sem sequer segurar uma arma. Por boa parte da projeção acompanhamos seu treinamento, seu julgamento, suas relações e sua batalha na guerra, que demora para acontecer, mas quando começa é um cataclismo horrível de terror.
Imerso na violenta loucura da guerra, Até o Último Homem enraíza seu drama nos irretocáveis valores de Doss. Com isso podemos argumentar que Gibson, enquanto cineasta, está fazendo uma espécie de ritual de renúncia. Não é o caso! O filme ainda fala, em alguns níveis político-metafóricos, assim como no restante do cinema do diretor, e abraça os problemas que o definiram mas que ele parece estar tentando transcender.
De certa forma, Até o Último Homem usa a guerra como pano de fundo para o drama real de um médico cujo destemor e sentimento que ele cultiva por seus irmãos soldados é que se mostram importantes. Garfield tem um desempenho reverente, mas que não cria um filme de guerra assustador ou emocionante o suficiente para rivalizar com os clássicos do gênero.
Dado o drama sobre o pacifismo vs guerra mostrado ao longo de todo o filme, falta uma cena na qual Desmond considere violar os seus princípios em meio a todo aquele caos. Uma cena que teria adicionado toda uma dualidade a esta moeda com apenas uma cara (ou uma coroa, se preferir). Seria o real confronto entre o violento e o pacifista, os dois lados de Mel Gibson já vistos em sua carreira e na sua vida enquanto celebridade. Mas aí seria um filme diferente! Um filme que, para Gibson, poderia parecer um pouco menos seguro para se arriscar na direção.