Resumo do trabalho infantil sobre canaviais e fábricas
matéria: geografia
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Resposta:
O trabalho infantil consiste em toda e qualquer forma de trabalho que seja exercido por crianças ou adolescentes com idade menor àquela definida pela legislação de cada país. No Brasil, esse limite é de 16 anos, salvo enquadramentos como aprendiz, que permite o trabalho a partir dos 14 anos de idade.
Funções tipificadas na lista TIP (Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil), além de trabalho noturno, perigoso ou insalubre são proibidas para qualquer cidadão menor de 18 anos completos.
Ou seja, o trabalho infantil é a exploração de crianças e adolescentes como mão de obra, afetando diretamente os menores envolvidos. Ao longo da história, foi prática infelizmente muito comum e, apesar de condenada na maioria dos países, ainda é a realidade de milhões de crianças ao redor do globo.
Até a Idade Média, salvo as condições de escravidão, o trabalho infantil esteve vinculado à complementação do sustento familiar, de modo que era raro para o benefício de outras pessoas. Já no Feudalismo, esse tipo de exploração da mão de obra infantil acontecia para o favorecimento dos senhores feudais, pois as crianças eram vistas como aprendizes dos mestres artesãos.
Mas foi durante a Revolução Industrial que esse tipo de exploração atingiu seu auge. Nas primeiras fábricas europeias, a utilização do trabalho infantil era vista como uma mão de obra muito mais barata, principalmente em comparação à força de trabalho masculina.
Durante esse período, era muito comum que crianças a partir dos quatro anos de idade fossem exploradas em jornadas diárias de até 14 horas, recebendo em troca basicamente moradia e alimentação.
Esse cenário levou a inúmeras crianças mutiladas nos maquinários e até mesmo mortas em acidentes nas fábricas. Tudo isso sem contar os constantes abusos aos quais elas eram submetidas, de castigos severos a exploração sexual.
A primeira ação de controle contra o trabalho infantil aconteceu na Inglaterra no ano de 1802. Apesar da adesão dos outros países europeus, o conceito de exploração infantil só foi alcançado muito tempo depois.
Explicação:
São várias as causas que levam a um quadro de exploração do trabalho infantil. A entrada de uma criança ao mercado de trabalho pode vir de vários fatores, sendo que, basicamente, podem acontecer sob duas motivações: a situação familiar ou um cenário externo.
Pobreza e falta de perspectiva de futuro são alguns dos fatores que mais estimulam a inserção de menores como mão de obra, sendo que a realidade de cada país também exerce uma importante influência nesse caso.
Pobreza familiar
Um dos principais fatores que leva uma criança a começar a trabalhar é a situação de pobreza e miséria familiar, o que seduz os menores a tentar complementar a renda. Esse trabalho dependerá muito da realidade dos indivíduos, de modo que o trabalho na zona rural acontece diferentemente dos centros urbanos, onde a mendicância é muito forte.
Educação de baixa qualidade
A percepção da baixa qualidade das escolas públicas pode ser uma causa do trabalho infantil. Quando o jovem ou sua família não enxerga uma perspectiva de futuro proporcionada pelas instituições de ensino, oferecendo ao menos poucas oportunidades de melhoria de vida, é comum observar o abandono escolar e a consequente entrada no mercado de trabalho. Esse tipo de cenário é mais comum para crianças um pouco mais velhas, de 10 a 14 anos.
Naturalidade
Infelizmente alguns países ainda enxergam o trabalho infantil como uma situação natural. Esse quadro é responsável por facilitar a entrada de crianças no mercado de trabalho, transpondo a barreira moral que protege a integridade dos menores de idade.
Uma série de fatores pode levar uma sociedade a pensar dessa forma: desde o passado escravocrata (como é o caso do Brasil) até uma noção deturpada de que “o trabalho enobrece”.
Trabalho familiar
Muitas famílias acabam por explorar as próprias crianças como uma maneira de reduzir custos, principalmente na realização de trabalhos domésticos. Além do trabalho nas próprias residências, famílias também podem empregar seus filhos em empresas ou na zona rural.
Trabalho para terceiros
Mesmo sendo crime, o trabalho infantil ainda é explorado por muitas empresas não familiares, pelos mesmos motivos da época da Revolução Industrial. Ainda que mais raro no Brasil (mas não inexistente), esse fenômeno ocorre em vários países de situação econômica fragilizada.
Muito comum de acontecer em conjunto com a situação familiar, como complemento de renda.