resumo do livro Um sonho no caroço de abacate porfavor gente me ajudem
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É um livro simples com uma história singela que não tem grandes pretensões e fala de pessoas normais com problemas bem comuns; porém, assim como nas grandes ideias, a sua genialidade está na simplicidade. A literatura está cheia de personagens fortes, com super poderes ou que tem algo de especial; enredos complexos e dramas elaborados que chamam a atenção pelo incomum e arrastam os leitores a aventuras em lugares distantes, excepcionais e conflitos internos e externos tenebrosos. Em face dessas obras, o mérito de Um sonho no caroço do abacate é conseguir se destacar e ter um público sem esses recursos.
Logo no primeiro capitulo o curioso título é explicado, o narrador-personagem Mardoqueu Stern conta a história de seus pais, judeus lituanos que chegam ao Brasil fugindo da ocupação nazista. Na Rússia, onde viviam, o abacate era muito raro e caro e a mãe de Mardoqueu sonhava em conhecer essa fruta, que no livro se torna uma metáfora para o sonho de uma vida melhor, a primeira coisa que o pai dele faz ao desembarcar é conseguir o tal abacate, mesmo sendo um imigrante paupérrimo e que não sabia falar português, realizando assim o sonho de sua esposa.
Após um breve relato das dificuldades que o casal passou e descrição da sua família, ele finalmente começa a narrar sua história, o drama principal do livro. Ele não é um bom aluno e o pai, querendo um futuro melhor pro filho, consegue matriculá-lo no Colégio Católico Padre Juvêncio, frequentado por filhos de fazendeiros e de industriais, o diretor aceita a matrícula de um aluno judio pra mostrar que seu colégio é moderno, mas avisa logo que a vida de Mardo (como ele é conhecido) não será fácil:
“- Nossos alunos são todos filhos da classe alta. Fazendeiros, industriais, a nobreza do país. Está na hora e a gente abrir o colégio (...). Estes meninos só convivem entre si, não conhecem outras pessoas. (...) Acho que você terá problemas. Vão gozar de sua cara, vão lhe hostilizar, talvez até bater em você. Uma coisa eu lhe peço: aguente. Não é só por você. É pelo colégio. É até por essa rapaziada, para que eles melhorem como pessoas. Você promete? Você vai ficar firme?”
Ele aguenta essa perseguição (a história se passa nos anos 1960 quando o termo bullying ainda nem havia sido inventado) e com isso amadurece e começa a demonstrar sua verdadeira força. A obra aborda muito o preconceito contra os diferentes, mas não é um texto panfletário sobre tolerância, o autor soube dosar muito bem a mensagem social e a leveza que uma narrativa infantojuvenil precisa para conquistar os jovens que nem sempre tem hábito de leitura.
Mardo logo tem um companheiro nesse sofrimento, algum tempo depois é matriculado Carlos, o filho de um advogado rico que se mudou de Salvador pra São Paulo por causa do emprego. Carlos era negro e embora seja de classe alta e católico, esse detalhe faz com que seja perseguido e mesmo Mardo acaba estranhando ele no início:
“Por incrível que pareça, eu, membro de um grupo vítima do preconceito, tinha de lutar contra meu próprio preconceito, contra a sensação de estranheza e até de desconforto. Hesitei muito, mas acabei contando isto a ele. Não se zangou, ao contrário: se você tivesse me dito que nunca notou a cor da minha pele, eu não acreditaria, disse.”
A hostilidade dos outros os une e os dois se dão bem, acabam virando grandes amigos, Mardoqueu frequenta a casa de Carlos e lá conhece Ana Lúcia, sua irmã mais velha, os dois se apaixonam e dois vivem um romance. Só que o namoro não é bem aceito pelo fato deles serem diferentes, um negro só poderia se relacionar com alguém de sua raça, a mãe de Mardo pensa a mesma coisa e não vê a menina com bons olhos – além de não ser judia era mulata e mesmo para uma pessoa que sofreu perseguição por ser diferente como ela, isso era imperdoável.
É uma história que incomoda o leitor pois, apesar do mundo ter mudado muito da década de 1960 pra hoje, ainda existe muita discriminação e falsa aceitação. Mesmo as pessoas que parecem lutar contra essa terrível realidade, precisam se policiar, porque o preconceito muitas vezes é velado, a pessoa nem percebe que está julgando outra por uma característica inata e não por seus atos.
Logo no primeiro capitulo o curioso título é explicado, o narrador-personagem Mardoqueu Stern conta a história de seus pais, judeus lituanos que chegam ao Brasil fugindo da ocupação nazista. Na Rússia, onde viviam, o abacate era muito raro e caro e a mãe de Mardoqueu sonhava em conhecer essa fruta, que no livro se torna uma metáfora para o sonho de uma vida melhor, a primeira coisa que o pai dele faz ao desembarcar é conseguir o tal abacate, mesmo sendo um imigrante paupérrimo e que não sabia falar português, realizando assim o sonho de sua esposa.
Após um breve relato das dificuldades que o casal passou e descrição da sua família, ele finalmente começa a narrar sua história, o drama principal do livro. Ele não é um bom aluno e o pai, querendo um futuro melhor pro filho, consegue matriculá-lo no Colégio Católico Padre Juvêncio, frequentado por filhos de fazendeiros e de industriais, o diretor aceita a matrícula de um aluno judio pra mostrar que seu colégio é moderno, mas avisa logo que a vida de Mardo (como ele é conhecido) não será fácil:
“- Nossos alunos são todos filhos da classe alta. Fazendeiros, industriais, a nobreza do país. Está na hora e a gente abrir o colégio (...). Estes meninos só convivem entre si, não conhecem outras pessoas. (...) Acho que você terá problemas. Vão gozar de sua cara, vão lhe hostilizar, talvez até bater em você. Uma coisa eu lhe peço: aguente. Não é só por você. É pelo colégio. É até por essa rapaziada, para que eles melhorem como pessoas. Você promete? Você vai ficar firme?”
Ele aguenta essa perseguição (a história se passa nos anos 1960 quando o termo bullying ainda nem havia sido inventado) e com isso amadurece e começa a demonstrar sua verdadeira força. A obra aborda muito o preconceito contra os diferentes, mas não é um texto panfletário sobre tolerância, o autor soube dosar muito bem a mensagem social e a leveza que uma narrativa infantojuvenil precisa para conquistar os jovens que nem sempre tem hábito de leitura.
Mardo logo tem um companheiro nesse sofrimento, algum tempo depois é matriculado Carlos, o filho de um advogado rico que se mudou de Salvador pra São Paulo por causa do emprego. Carlos era negro e embora seja de classe alta e católico, esse detalhe faz com que seja perseguido e mesmo Mardo acaba estranhando ele no início:
“Por incrível que pareça, eu, membro de um grupo vítima do preconceito, tinha de lutar contra meu próprio preconceito, contra a sensação de estranheza e até de desconforto. Hesitei muito, mas acabei contando isto a ele. Não se zangou, ao contrário: se você tivesse me dito que nunca notou a cor da minha pele, eu não acreditaria, disse.”
A hostilidade dos outros os une e os dois se dão bem, acabam virando grandes amigos, Mardoqueu frequenta a casa de Carlos e lá conhece Ana Lúcia, sua irmã mais velha, os dois se apaixonam e dois vivem um romance. Só que o namoro não é bem aceito pelo fato deles serem diferentes, um negro só poderia se relacionar com alguém de sua raça, a mãe de Mardo pensa a mesma coisa e não vê a menina com bons olhos – além de não ser judia era mulata e mesmo para uma pessoa que sofreu perseguição por ser diferente como ela, isso era imperdoável.
É uma história que incomoda o leitor pois, apesar do mundo ter mudado muito da década de 1960 pra hoje, ainda existe muita discriminação e falsa aceitação. Mesmo as pessoas que parecem lutar contra essa terrível realidade, precisam se policiar, porque o preconceito muitas vezes é velado, a pessoa nem percebe que está julgando outra por uma característica inata e não por seus atos.
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