resumo do livro “Opisanie Swiata".
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Primeiro romance de Veronica Stigger, Opisanie swiata significa “descrição do mundo” e é como se traduz Il Milione, o livro de viagens de Marco Polo, para o polonês. É justamente como uma espécie de relato de viagens que essa novela se constitui. A história central do livro é a de Opalka, um polonês de cerca de sessenta anos que, em sua terra natal, recebe uma carta por meio da qual descobre que tem um filho no Brasil – mais especificamente, na Amazônia -, internado num hospital em estado grave. O pai decide viajar ao encontro do filho; no início do percurso, conhece Bopp, um turista brasileiro que, ao tomar conhecimento das razões da viagem de Opalka, resolve abandonar seu giro pela Europa para acompanhá-lo ao Brasil.O livro se compõe a partir de diversos registros, como o do relato em terceira pessoa, o da carta, o do diário etc., além de contar com inserções de imagens e fragmentos de textos sobre a ou da década de 1930 — época em que transcorre a ação.
Através de uma carta, Opalka, polonês de meia idade, descobre a existência do seu filho brasileiro que está no leito de morte e retorna ao Brasil, país onde viveu uma temporada há cerca de 25 anos, para conhecê-lo.
É com grande pesar que levo ao conhecimento de V. Sa. que seu filho, o Sr. Natanael Martins, se encontra internado, em estado grave, em nosso hospital (pg. 7).
O romance se passa em meados da década de 30 e é repleto de intertextualidades e referências ao período modernista brasileiro: o navio de “Serafim Ponte Grande” de Oswald de Andrade é avistado durante a travessia; um elefante é desconstruído fazendo referência ao poema de Drummond e, além disso, o companheiro de viagem de Opalka será o Bopp, brasileiro excêntrico que remete ao poeta modernista Raul Bopp.
O livro está situado num grande período de tensão europeia, precedendo a invasão de Varsóvia. Então esse europeu, assim como outros que encontra durante a viagem, é incorporado e transformado nessa viagem antropofágica.
A maior parte da narrativa se situa em alto mar e é descrita como um diário de viagem, tendo incluídas em suas páginas propagandas, bilhetes, entre outras curiosidades que o senhor Opalka encontra pelo caminho. Por isso a relação entre pai e filho não será aprofundada e tampouco o passado ou o futuro de ambos será conhecido.
Opalka e Bopp se conhecem ainda no trem e seguem a viagem no navio juntos. Bopp é um turista brasileiro que viaja para lugares inusitados e consegue se comunicar facilmente com o polonês pois ele também aprecia viajar para lugares inesperados, sendo esta a forma pela qual aprendeu português e conheceu a mãe do seu filho recém descoberto na Amazônia. A partir daí a narrativa se torna realmente um diário de viagem e Opalka relata em seu caderninho uma série de episódios que ocorrem no navio e a vida dos passageiros que conhecem na viagem.
Se a passagem não for realizada com a cautela devida, corre-se o risco de a linha vir a enrodilhar na quilha ou no leme, provocando uma parada violenta da embarcação e consequentemente indesejáveis quedas da tripulação. Estejam atentos! (pg. 98).
As descrições, especialmente dos passageiros da embarcação, são bastante frívolas, pois não há tempo para conhecer profundamente seus companheiros de viagem. Assim, apresenta tanto europeus quanto brasileiros de forma bastante caricata. Porém, vale lembrar que os relatos são feitos pelos olhos de um europeu viajando para Amazônia na década de 30, ou seja, todos os estereótipos imaginados pelos europeus estarão presentes na história.
“Não use chapéu de explorador. O uso de um deles por um estrangeiro cria má impressão nos brasileiros” (pg. 118).
A narrativa é bastante pretensiosa e divertida, porém é preciso estar de mente aberta para embarcar na viagem de Opalka, pois o livro pode causar certo estranhamente a quem não está habituado à literatura modernista brasileira, com algumas cenas nonsense e referências que talvez não sejam entendidas devido a essa falta de bagagem literária. Entretanto, é uma ótima indicação para iniciar a leitura dessas grandes obras da nossa literatura e para se aventurar na antropofagia.
Através de uma carta, Opalka, polonês de meia idade, descobre a existência do seu filho brasileiro que está no leito de morte e retorna ao Brasil, país onde viveu uma temporada há cerca de 25 anos, para conhecê-lo.
É com grande pesar que levo ao conhecimento de V. Sa. que seu filho, o Sr. Natanael Martins, se encontra internado, em estado grave, em nosso hospital (pg. 7).
O romance se passa em meados da década de 30 e é repleto de intertextualidades e referências ao período modernista brasileiro: o navio de “Serafim Ponte Grande” de Oswald de Andrade é avistado durante a travessia; um elefante é desconstruído fazendo referência ao poema de Drummond e, além disso, o companheiro de viagem de Opalka será o Bopp, brasileiro excêntrico que remete ao poeta modernista Raul Bopp.
O livro está situado num grande período de tensão europeia, precedendo a invasão de Varsóvia. Então esse europeu, assim como outros que encontra durante a viagem, é incorporado e transformado nessa viagem antropofágica.
A maior parte da narrativa se situa em alto mar e é descrita como um diário de viagem, tendo incluídas em suas páginas propagandas, bilhetes, entre outras curiosidades que o senhor Opalka encontra pelo caminho. Por isso a relação entre pai e filho não será aprofundada e tampouco o passado ou o futuro de ambos será conhecido.
Opalka e Bopp se conhecem ainda no trem e seguem a viagem no navio juntos. Bopp é um turista brasileiro que viaja para lugares inusitados e consegue se comunicar facilmente com o polonês pois ele também aprecia viajar para lugares inesperados, sendo esta a forma pela qual aprendeu português e conheceu a mãe do seu filho recém descoberto na Amazônia. A partir daí a narrativa se torna realmente um diário de viagem e Opalka relata em seu caderninho uma série de episódios que ocorrem no navio e a vida dos passageiros que conhecem na viagem.
Se a passagem não for realizada com a cautela devida, corre-se o risco de a linha vir a enrodilhar na quilha ou no leme, provocando uma parada violenta da embarcação e consequentemente indesejáveis quedas da tripulação. Estejam atentos! (pg. 98).
As descrições, especialmente dos passageiros da embarcação, são bastante frívolas, pois não há tempo para conhecer profundamente seus companheiros de viagem. Assim, apresenta tanto europeus quanto brasileiros de forma bastante caricata. Porém, vale lembrar que os relatos são feitos pelos olhos de um europeu viajando para Amazônia na década de 30, ou seja, todos os estereótipos imaginados pelos europeus estarão presentes na história.
“Não use chapéu de explorador. O uso de um deles por um estrangeiro cria má impressão nos brasileiros” (pg. 118).
A narrativa é bastante pretensiosa e divertida, porém é preciso estar de mente aberta para embarcar na viagem de Opalka, pois o livro pode causar certo estranhamente a quem não está habituado à literatura modernista brasileira, com algumas cenas nonsense e referências que talvez não sejam entendidas devido a essa falta de bagagem literária. Entretanto, é uma ótima indicação para iniciar a leitura dessas grandes obras da nossa literatura e para se aventurar na antropofagia.
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