resumo do livro flicts
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Resposta:Flicts (representado por um tom terroso de bege) é uma cor “diferente”, que não consegue se encaixar no arco-íris, nas bandeiras e em lugar nenhum, e que ninguém, a princípio, reconhece seu merecido valor. Ao longo do livro, Flicts vai se conformando que “não tinha a força do Vermelho, não tinha a imensidão do Amarelo, nem a paz que tem o Azul”. Após procurar por seu lugar no mundo, Flicts um dia acaba por deixá-lo. No final é revelado que "de perto, de pertinho, a Lua é flicts".
Criação[editar | editar código-fonte]
Ziraldo aceitou a proposta da Editora Expressão e Cultura de fazer um livro infantil ilustrado, tendo apenas três dias para criá-lo. Enquanto voltava para casa, começou a pensar no que usar para a história, e sabendo que teria de ser algo colorido, decidiu fazer um personagem a partir de uma cor. Ao passar em frente a um cartaz da Manchete com uma foto do Programa Apollo, em que a Lua tinha um solo bege, Ziraldo decidiu contar a história "dessa cor aí, que não tem lugar para ela na Terra". Quando chegou, escreveu a história, e então comprou papel adesivo colorido para recortar e colar para o esboço.[2] O nome "Flicts" veio de uma interjeição usada por Ziraldo em uma história da Supermãe. Ao entregar para o editor, este reagiu de forma muito positiva e logo passou a cópia ao dono da editora, Ferdinando Bastos de Souza, que após leu decidiu que Flicts teria acabamento de luxo, com capa dura e o melhor papel possível.[3]
Quando Neil Armstrong, o primeiro homem a pousar na Lua com a Apollo 11, visitou o Brasil, recebeu uma cópia de Flicts da embaixada americana. Ziraldo se encontrou com Armstrong, e quando chegaram ao final da história, se a superfície da Lua tinha a cor usada para Flicts. Armstrong confirmou, e escreveu um “The moon is Flicts” que foi incluído em todas as republicações do livro desde então.[2][3]
Republicações[editar | editar código-fonte]
Ao longo de suas republicações, Flicts sofreu algumas mudanças para se tornar mais comercialmente viável, como redução de páginas e impressão em papel mais fosco comparado ao couché brilhante da original. Apenas uma mudança se deu no conteúdo: na edição original, a frase "pelos países mais bonitos" era estampada junto à bandeira do Reino Unido, e as republicações a partir de 1985 tinham a bandeira do Brasil. Ziraldo explicou no seu livro A Fábula das Três Cores, lançado naquele ano, que em 1969, durante a ditadura militar, "a bandeira não me pertencia. Ninguém podia amar a bandeira do Brasil, naquela época. Tínhamos que respeitá-la. E, aí, nós tínhamos medo de um pai severo, que obriga o outro a que o respeite, em troca de gritos e chineladas. Fiz então Flicts sem verde, amarelo ou azul”.[3]
Adaptações[editar | editar código-fonte]
Em 1980, Ziraldo compôs uma trilha sonora de Flicts junto de Sérgio Ricardo, gravada em LP pelos conjuntos Quarteto em Cy e MPB-4.[4] Uma versão de Flicts para teatro de bonecos em 1998 inspirou uma trilha composta por Arthur de Faria, originalmente lançada em CD em 2000.[5] Em 2018, Lívia Gaudêncio criou nova versão de Flicts para o teatro, passada nos anos 1960 e com trilha de Leo Mendonza, inspirada em The Beatles.[6]
Em 1995, a Melhoramentos lançou Flicts - O CD-ROM, que além de uma versão animada e interativa da história em cinco idiomas, contava com diversos jogos centrados na cor homônima. Outros personagens de Ziraldo, como O Menino Maluquinho e o Bichinho da Maçã, fazem participações especiais.[
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