Resumo do conto O filho de Gabriela (resumo breve)
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manda o texto que eu resumo
lethcia69:
oii
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ABSOLUTAMENTE não pode continuar assim… Já passa… É todo o dia! Arre! – Mas é meu filho, minh’ama.
E que tem isso? Os filhos de vocês agora têm tanto luxo. Antigamente, criavam-se à toa; hoje, é um deus-nos-acuda; exigem cuidados, têm moléstias… Fique sabendo: não pode ir amanhã!
– Ele vai melhorando, Dona Laura; e o doutor disse que não deixasse de levá-lo lá, amanhã…
– Não pode, não pode, já lhe disse! O conselheiro precisa chegar cedo à escola; há exames e tem que almoçar cedo… Não vai, não senhora ! A gente tem criados pra que? Não vai, não !
– Vou, e vou sim !… Que bobagem .!… Quer matar o pequeno, não é? Pois sim… Está-se “ninando”…
– O que é que você disse, hein?
– É isso mesmo: vou e vou!
– Atrevida .
– Atrevida é você, sua… Pensa que não sei…
Em seguida as duas mulheres se puseram caladas durante um instante: a patroa – uma alta senhora, ainda moça, de uma beleza suave e marmórea – com os lábios finos muito descorados e entreabertos, deixando ver os dentes aperolados, muito iguais, cerrados de cólera; a criada agitada, transformada, com faiscações desusadas nos olhos pardos e tristes.
Na sua simplicidade popular, a criada também se pôs a chorar, enternecida pelo sofrimento que ela mesma provocara na ama.
E ambas, pelo fim dessa transfiguração inopinada, entreolharam-se surpreendidas, pensando que se acabavam de conhecer naquele instante, tendo até ali vagas notícias uma da outra, como se vivessem longe, tão longe, que só agora haviam distinguido bem nitidamente o tom de voz próprio a cada uma delas.
O Filho de Gabriela de Lima Barreto: não confessava a ninguém a origem dele; em outros mal entrava, beijava muito o pequeno, abraçava-o. E assim corria a cidade. Numa destas correrias passou pela porta do conselheiro, que era o marido de Dona Laura.
Estava no portão, a lavadeira, parou e falou-lhe; nisto, viu aparecer a sua antiga patroa numa janela lateral. “- Bom dia minh’ama,” – “Bom dia, Gabriela. Entre.” Entrou. A esposa do conselheiro perguntou-lhe se já tinha emprego; respondeu-lhe que não. “Pois olha, disse-lhe a senhora, eu ainda não arranjei cozinheira, se tu queres…”
E que tem isso? Os filhos de vocês agora têm tanto luxo. Antigamente, criavam-se à toa; hoje, é um deus-nos-acuda; exigem cuidados, têm moléstias… Fique sabendo: não pode ir amanhã!
– Ele vai melhorando, Dona Laura; e o doutor disse que não deixasse de levá-lo lá, amanhã…
– Não pode, não pode, já lhe disse! O conselheiro precisa chegar cedo à escola; há exames e tem que almoçar cedo… Não vai, não senhora ! A gente tem criados pra que? Não vai, não !
– Vou, e vou sim !… Que bobagem .!… Quer matar o pequeno, não é? Pois sim… Está-se “ninando”…
– O que é que você disse, hein?
– É isso mesmo: vou e vou!
– Atrevida .
– Atrevida é você, sua… Pensa que não sei…
Em seguida as duas mulheres se puseram caladas durante um instante: a patroa – uma alta senhora, ainda moça, de uma beleza suave e marmórea – com os lábios finos muito descorados e entreabertos, deixando ver os dentes aperolados, muito iguais, cerrados de cólera; a criada agitada, transformada, com faiscações desusadas nos olhos pardos e tristes.
Na sua simplicidade popular, a criada também se pôs a chorar, enternecida pelo sofrimento que ela mesma provocara na ama.
E ambas, pelo fim dessa transfiguração inopinada, entreolharam-se surpreendidas, pensando que se acabavam de conhecer naquele instante, tendo até ali vagas notícias uma da outra, como se vivessem longe, tão longe, que só agora haviam distinguido bem nitidamente o tom de voz próprio a cada uma delas.
O Filho de Gabriela de Lima Barreto: não confessava a ninguém a origem dele; em outros mal entrava, beijava muito o pequeno, abraçava-o. E assim corria a cidade. Numa destas correrias passou pela porta do conselheiro, que era o marido de Dona Laura.
Estava no portão, a lavadeira, parou e falou-lhe; nisto, viu aparecer a sua antiga patroa numa janela lateral. “- Bom dia minh’ama,” – “Bom dia, Gabriela. Entre.” Entrou. A esposa do conselheiro perguntou-lhe se já tinha emprego; respondeu-lhe que não. “Pois olha, disse-lhe a senhora, eu ainda não arranjei cozinheira, se tu queres…”
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