resumo do capitulo 9 do livro dom quixote ?
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Dom Quixote de La Mancha – Livro Segundo - Cap. 9: CAPÍTULO IX - Onde se conta o que nele se verá.Pág. 64 / 593
CAPÍTULO IX - Onde se conta o que nele se verá.
Era meia-noite, pouco mais ou menos, quando D. Quixote e Sancho saíram do monte e entraram em Toboso. Estava o povo em sossegado silêncio, porque todos os seus vizinhos dormiam e repousavam de perna estendida, como se costuma dizer. A noite não era muito clara, mas desejaria Sancho que fosse escuríssima, para achar nas trevas uma desculpa para a sua ignorância. Não se ouviam em todo o lugar senão ladridos de cães, que ensurdeciam D. Quixote e turbavam Sancho.
De quando em quando zurrava um jumento, miavam gatos, grunhiam porcos; esses sons pareciam ampliar-se com o silêncio da noite, e tudo isso considerou como de mau agouro o enamorado cavaleiro, mas sempre foi dizendo:
— Sancho filho, guia-me ao palácio de Dulcineia, que é possível que a encontremos acordada.
— Como o hei-de guiar a um palácio, corpo de tal — retrucou ancho — se a casa em que eu vi Sua Grandeza era pequeníssima?
— Sinal é de que estava muito retirada — acudiu D. Quixote — consolando-se a sós, nalgum pequeno aposento do seu alcáçar, como é costume de altas senhoras e princesas.
— Senhor — disse Sancho — já que Vossa Mercê quer à viva força que seja alcáçar a casa da minha senhora Dulcineia, seja muito embora; mas isto são horas de se encontrar a porta aberta?
Havemos de começar às aldrabadas, para que nos ouçam e nos façam entrar, pondo em alvoroto e barulho toda a gente? Aquilo é casa de barregã, aonde se bate e se entra, a qualquer hora que seja?
— Vamos nós a ver se damos com o alcáçar — disse D. Quixote — que depois te direi o que havemos de fazer; e repara, Sancho, que ou eu vejo pouco ou aquela grande sombra que daqui se descobre é do palácio de Dulcineia.
Dom Quixote de La Mancha – Livro Segundo - Cap. 9: CAPÍTULO IX - Onde se conta o que nele se verá.Pág. 64 / 593
CAPÍTULO IX - Onde se conta o que nele se verá.
Era meia-noite, pouco mais ou menos, quando D. Quixote e Sancho saíram do monte e entraram em Toboso. Estava o povo em sossegado silêncio, porque todos os seus vizinhos dormiam e repousavam de perna estendida, como se costuma dizer. A noite não era muito clara, mas desejaria Sancho que fosse escuríssima, para achar nas trevas uma desculpa para a sua ignorância. Não se ouviam em todo o lugar senão ladridos de cães, que ensurdeciam D. Quixote e turbavam Sancho.
De quando em quando zurrava um jumento, miavam gatos, grunhiam porcos; esses sons pareciam ampliar-se com o silêncio da noite, e tudo isso considerou como de mau agouro o enamorado cavaleiro, mas sempre foi dizendo:
— Sancho filho, guia-me ao palácio de Dulcineia, que é possível que a encontremos acordada.
— Como o hei-de guiar a um palácio, corpo de tal — retrucou ancho — se a casa em que eu vi Sua Grandeza era pequeníssima?
— Sinal é de que estava muito retirada — acudiu D. Quixote — consolando-se a sós, nalgum pequeno aposento do seu alcáçar, como é costume de altas senhoras e princesas.
— Senhor — disse Sancho — já que Vossa Mercê quer à viva força que seja alcáçar a casa da minha senhora Dulcineia, seja muito embora; mas isto são horas de se encontrar a porta aberta?
Havemos de começar às aldrabadas, para que nos ouçam e nos façam entrar, pondo em alvoroto e barulho toda a gente? Aquilo é casa de barregã, aonde se bate e se entra, a qualquer hora que seja?
— Vamos nós a ver se damos com o alcáçar — disse D. Quixote — que depois te direi o que havemos de fazer; e repara, Sancho, que ou eu vejo pouco ou aquela grande sombra que daqui se descobre é do palácio de Dulcineia.
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