resenha do filme encanto
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Heroínas da Disney estão sempre sob pressão. Seja o peso de uma coroa, de representar a família na guerra ou de conseguir o emprego dos sonhos contra todas as possibilidades, as protagonistas femininas das animações do estúdio costumam desenhar, em tela, um arco de conciliação e libertação de expectativas que são colocadas sobre elas. Mirabel, figura central de Encanto, não é tão diferente nesse sentido - mas o filme de Jared Bush, Byron Howard e Charise Castro-Smith é engenhoso ao expandir esse arco para além dela, e encontrar ali ressonância social.
Encanto é a história da família Madrigal, cujos membros passam por uma espécie de cerimônia de amadurecimento na qual recebem habilidades especiais como super força, super audição e controle sobre a fauna e flora. Mirabel (voz de Stephanie Beatriz em inglês) foi a única que não recebeu poderes quando a sua hora chegou, o que preocupa a matriarca da família, Alma (María Cecilia Botero), e todo o vilarejo que os Madrigal construíram ao redor de sua casa igualmente mágica.