Português, perguntado por carolinabsouza3, 9 meses atrás

resenha critica do filme ''Jogos Mortais''!

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Respondido por allyh6
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Resposta:

Na primeira cena, somos apresentados a Lawrence (Cary Elwes) e Adam (Leigh Whannell, também co-roteirista), dois desconhecidos que acordam num banheiro sem saber como chegaram lá. São reféns do "assassino". Estão acorrentados. Acham dois envelopes, cada um endereçado a um deles. Há um revolver e um gravador nas mãos de um terceiro homem, morto com uma bala na cabeça, no meio do espaço entre Lawrence e Adam.

Se parece com aqueles jogos de computador em primeira pessoa cheios de chaves escondidas e passagens secretas, não é mera coincidência. O sucesso comercial do filme nos EUA se deve muito ao seu caráter lúdico, ao quebra-cabeças que todos gostamos de tentar resolver. Promissor, não? O problema é que essa trama vendida como thriller intimista se revela na prática um trash cômico altamente petulante.

Scooby-Doo

Há bons componentes ali. Lawrence só será libertado se matar Adam. Isso daria material para um ótimo suspense realmente psicológico e, até, um ensaio moral que vai além da superfície do gênero. Mas quando exigido a desenvolver essa trama, aprofundá-la, o diretor Wan se contenta com a "corrida contra o tempo", a "brincadeira de gato e rato" e todo clichê que você quiser adicionar.

E segue-se ladeira abaixo, acredite. Surge um Danny Glover como policial atormentado, caricato, que sequer consegue desarmar um enfermeiro - em duas oportunidades! Temos crianças e vultos no armário, inclusive. O discurso de justificativa do torturador é repetido à exaustão. Quando o Lawrence do péssimo ator Cary Elwes começa a gaguejar e surtar, o riso vem fácil, até. E os buracos no roteiro vão se acumulando ao ponto em que não faz mais sentido tentar tapá-los por conta própria.

Não é uma deficiência somente do script. Apesar de dirigir com desenvoltura sequências que exigem estômago, Wan se acomoda. Tive a paciência de contar: ele exibe a cena-chave da foto no estacionamento não uma, nem duas, mas três vezes, para que fique tudo bem mastigado na cabeça do público. Um diretor que não confia em simples insinuação visual, que subestima a inteligência de quem o assiste, não merece a menor consideração.

E um dia as pessoas vão perceber que reviravoltas, esse passe-de-mágica revolucionário que transforma finais triviais em desfechos "cabeça", tipo Scooby-Doo (com direito a vilão tirando a máscara), na verdade são a maior muleta de muito cretino metido a cineasta.

Respondido por meduardacfb
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Resposta:

Explicação:

Em 2004 James Wan nos trazia um filme que impressionou muita gente com o surpreendente nível de sadismo e suspense psicológico. E ainda apresentava ao público um novo serial killer nos cinemas: o assassino Jigsaw (Tobin Bell) que, com seus perversos jogos e desafios, caiu no gosto popular. E como toda a boa franquia, o segredo para as sequências é sempre fazer mais. Mas, em seu oitavo filme, Jogos Mortais olha pra trás para tentar renascer.

Embora o assassino Jigsaw esteja morto, isso não impediu que seus seguidores ainda perpetuem o seu legado. E quando um novo grupo de pessoas aparentemente sem ligação é posto às terríveis provas, e corpos aparecendo por toda a cidade, a investigação da polícia sempre aponta para o assassino original. Então, estaria mesmo Jigsaw morto?

Infelizmente a falta de originalidade acaba com esse filme. Desde a premissa, reciclada dos próprios filmes anteriores, até as mortes e desafios pouco inspirados, tirando o enfrentado por Mitch. Até a espinha dorsal do filme tende a se repetir: enquanto ele tenta nos aterrorizar com as vitimas sendo torturadas em seus desafios, seguimos a investigação policial e o filme vai nos guiando à desconfiar de cada um dos personagens. Estariam eles envolvidos de fato? O problema é que os personagens são fracos e caricatos, o policial corrupto, o legista e sua estagiária fã de Jigsaw…nada que, com um pouco de atenção, não dê pra ser desvendado antes da revelação.

Até mesmo o argumento com o que o filme é vendido, “Jigsaw me salvou”, cai por terra pois pra mim me parecia que surgiria uma espécie de culto onde eles perpetrariam seu legado daqui pra frente. E esse argumento está lá, mas achei que segue apenas como uma espécie de desculpa perfeita para que se tenham mais e mais sequências. Mesmo com uma virada legal no último arco a franquia Jogos Mortais, se pretende continuar viva, necessita de um novo gás.

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