História, perguntado por ricardodiniz857598, 10 meses atrás

renascimento comercial e urbano seculo X|| e X||

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Respondido por victorgabriel3m
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Resposta:

 Resumo do Renascimento Comercial e Urbano ( Baixa Idade Média )

Durante praticamente todo o século XIII, houve avanços tecnológicos na área da agricultura. A implementação da charrua (um tipo de arado mais sofisticado do que o comum), o desenvolvimento do moinho hidráulico e a utilização da atrelagem de bois e cavalos representaram uma evolução agrícola bastante significativa.

Foi neste contexto que se criou uma nova camada social: a burguesia. Destinados ao comércio, os burgueses começam a conquistar a sua autonomia devido à intensa movimentação comercial que se instaurava com os camponeses, com isso, dinamizaram a economia da época.

No entanto, a nova camada social que havia surgido necessitava de segurança, então construíram fortalezas protegidas por muros com papel militar estratégico, os chamados burgos. Com o passar do tempo, essas habitações deram origem a várias cidades. Toda essa movimentação mexeu com os ânimos das pessoas e, em função disso, ocorreram alguns fatos históricos importantes:

• 1054: as Igrejas do Oriente e do Ocidente começam a implicar uma com a outra;

• 1095: com o objetivo de libertar a Terra Santa, o papa Urbano II convoca a Primeira Cruzada;

• 1231: é instituída, pelo papa Gregório IX, a Inquisição;

• 1337: dá-se início a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra;

• 1492: liderados por Cristóvão Colombo, os espanhóis chegam à América.

Paralelo a isso tudo, os burgos ficaram super-populosos devido aos muitos camponeses que abandonaram o trabalho rural e seguiram para ali. Essa migração exigiu algumas transformações nas estruturas habitacionais para atender a demanda. A intensa vinda de pessoas aumentava também a procura por utensílios domésticos, itens de vestuário e equipamentos para o trabalho e para a guerra. Esse processo impulsionou o desenvolvimento da manufatura.

Como consequência do desenvolvimento comercial e urbano, teve-se o enriquecimento dos burgueses. Fato, esse, que provocou dois conflitos característicos. O confronto com os senhores feudais, que contribuiu para o fim do feudalismo e a questão da usura. Na sequência, vão ser explicadas as principais características desses fatos tendo como base o resumo do renascimento comercial e urbano.

A crise do feudalismo e os juros abusivos

Pode-se dizer que a crise no feudalismo começou a partir do século XII e se deve a uma série de transformações que possibilitaram o surgimento de novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. Dentre elas estão:

• Uma nova forma de fazer comércio que foi incentivada, principalmente pelas Cruzadas;

• O crescimento significativo da circulação das moedas, especialmente nas cidades. Como o principal fator comercial era a troca de mercadorias, este fator desarticulou o sistema vigente;

• Atraídos pelas oportunidades de trabalho nos centros urbanos, muito escravos conseguiram comprar a sua liberdade ou fugir e migraram para a cidade. Esse fator provocou o êxodo rural e o desenvolvimento dos centros urbanos;

• As Cruzadas fizeram com que o contrato da Europa com o Oriente fosse restabelecido, quebrando, assim, o isolamento do sistema feudal;

• Com o surgimento da burguesia, que tinha o domínio do comércio, o poder dos senhores feudais foi sendo reduzido;

• Em função do aumento dos impostos, por causa do desenvolvimento comercial, os reis desarticularam a vassalagem (sistema típico do feudalismo) e passaram a contratar exércitos profissionais;

• Devido ao enfraquecimento e a desarticulação do feudalismo, no final do século XV, os senhores feudais perderam poder econômico e político. A partir daí, dava-se inicio ao capitalismo, um novo sistema econômico.

Durante a Baixa Idade Média, a burguesia tentava enriquecer ao ampliar o lucro ligado a sua atividade econômica.

Naquela época, os comerciantes tinham como base para os negócios, os valores cristãos. Sob essa influência, tentava-se combater a aquisição de lucros abusivos com o chamado “justo preço”. Ou seja, a soma da matéria-prima e da mão de obra como forma de se obter a mercadoria.

Juntamente com os valores morais e religiosos do justo preço, percebe-se que a Igreja teve a sua parcela de interferência no desenvolvimento dessas atividades financeiras. Na maioria das vezes, burgueses e artesãos pegavam dinheiro emprestado para dar conta de suas demandas produtivas.

Em alguns casos, quem emprestava recebia uma bonificação extra. Em outras palavras, era o pagamento de juros proporcionais ao valor e ao tempo de empréstimo. Esse costume foi chamado de usura. No entanto, visto aos olhos da Igreja, era uma atividade desonesta, já que o credor obtinha esse “bônus” sem trabalhar e o seu lucro aumentava com o passar do tempo.

De acordo com os preceitos religiosos, o tempo não poderia ser “comprado” e nem ter finalidades particulares. Só quem poderia fazer isso era Deus. Logo, os princípios religiosos e morais ditados pela Igreja limitava o desenvolvimento do comercio.

Espero ter Ajudado!!!

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