Question

Relaçao do absolutismo e mercantilismo com a realidade atual

Answer 1

Nos tempos modernos (1453-1789) o absolutismo, no plano político, e o mercantilismo, no plano econômico, formavam o que se convencionou Antigo Regime, em oposição ao regime imposto após a Revolução Francesa. O absolutismo caracterizava-se pela concentração de toda a autoridade política na pessoa do soberano e o mercantilismo, pela intervenção do estado na economia. Ambos têm suas origens no processo de formação do Estado Moderno, ocorrido na Europa centro-ocidental nos últimos séculos da Idade Média, seria portanto um período de transição do feudalismo ao capitalismo.

Economicamente: período caracterizado pelo desenvolvimento do mercantilismo, através da intervenção do estado, acumulação primitiva de capitais com a exploração colonial (fortaleceu a autoridade dos monarcas porque promoveu o enriqueceu o estado).

Politicamente: momento marcado pela consolidação do absolutismo, poderes políticos concentrados na figura dos reis.

Fatores que favoreceram a consolidação do absolutismo:

Mercantilismo: através da exploração colonial permitiu o enriquecimento dos estados nacionais, favoreceu ao absolutismo, fortalecimento dos monarcas, houve uma revolução comercial, conquista de novas regiões ampliou o mercado até então conhecido dos europeus.

Renascimento cultural: resgate da cultura (romana), trouxe uma noção de poder centralizado, como o antigo império. O surgimento de um sentimento nacionalista impulsionado a partir das obras d renascentistas, escritas em línguas nacionais.

Reforma e contra-reforma: a reforma enfraqueceu o poder político do papado, facilitando à centralização do poder o fortalecimento da autoridade real. EX.: Inglaterra. A contra reforma nos países católicos serviu para pressionar os “inimigos da igreja”, conseqüentemente fragilizava os “inimigos do estado”. EX.: Espanha.



Os principais teóricos do absolutismo:

Produzem um conjunto de idéias a partir de um pensamento religioso ou leigo dando sustentação ao absolutismo.


Nicolau Maquiavel: principal obra: “O Príncipe” dedica a Lourenço de Médici, governante de Florença. Sua obra foi um tratado para governar. O governante deve manter o poder usando todos os artifícios necessários, fazendo prevalecer as RAZÕES DO ESTADO.

Não admita qualquer forma de parlamento (limites ao poder do governo)


O ideal é que o governante seja amado e temido, como é praticamente impossível ser amado e temido ao mesmo tempo, era mais prudente ser temido.

Defesa de um governo desprovido de valores éticos, morais, religiosos.

Thomas Hobbes: principal obra: “O Leviatã’, Figura mitológica que representa o monstro do caos, desordem.

Nos princípios da humanidade, o homem vivia no “estado de natureza’, não tinha limites, para Hobbes esse não foi um período de ‘bem aventurança”, porque o homem se revelou rude, egoísta, cruel. “O homem era o lobo do próprio homem” capaz de destruir a si próprio.

Para se auto preservar o homem abriu mão de sua liberdade e transferiu o poder de governar à um monarca, de forma absoluta, poder de coerção do estado. (impor limites) O governo de Luís XVIII

Rei sol, “o estado sou eu”, revela uma concepção de poder centralizado, despótico. A vontade do rei era soberana.

Revogou o Edito de Nantes, culminou com a saída dos huguenotes (evasão de riquezas do país), embasado no pensamento de Bossuet “Um rei, uma lei, uma fé”.



Construção do palácio de Versalhes, vivência da nobreza cortesã. Nos governos seguintes de Luís XV e Luís XVI, a França viveu momentos de crise econômica que acabaram fortalecendo a derrubada do estado absoluto (séc. XVIII), no reinado de Luís XVI.

A burguesia chega ao poder com a revolução francesa.


O mercantilismo

Conjunto de práticas econômicas, adotadas pelos estados modernos, que visavam enriquecer esses estados e conseqüentemente fortalecer o poder absoluto dos reis.

Diferentemente do absolutismo, que tinha uma teoria política, o mercantilismo variou de acordo com as particularidades de cada estado. Principais mercantilistas

Metalismo ou Bulionismo: consistia no entesouramento de metais preciosos (ouro e prata), em geral adotada por países que tinham colônias fornecedoras. EX.: Portugal e Espanha. Os paises metalistas não se preocupavam em investir na produção, gerando uma dependência de outras nações.

Balança comercial favorável: consistia em aumentar as exportações na busca de um superávit. ex.: Inglaterra, com acordos de comércio, tráficos de escravos, companhias de navegação, promoveu uma grande acumulação primitiva de capital (mercantilismo inglês é chamado de comercialismo).

Protecionismo alfandegário: elevar as taxas de exportação, evita a evasão de riqueza e favorece o desenvolvimento no mercado interno, ajuda no superávit comercial.

Colonialismo: objetivo de conquistar colônias fornecedoras de metais ou de produtos tropicais. A colônia não poderia ser concorrente de metrópole (economia complementar), as relações entre metrópole/colônia eram regulamentadas pelo pacto colonial.