relação de Júlio Verne e a astronomia
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Resposta:
E como não falar de Astronomia, devido à natureza deste blog?
Prosseguindo com nosso Fevereiro Verniano, a coluna de hoje fala da Astronomia presente nos contos de Júlio Verne: não poderia faltar, em todas as suas pesquisas ao escrever seus romances e histórias, o campo desta ciência, que já se encontrava em direta expansão desde o heliocentrismo de Copérnico e a luneta de Galileu Galilei.
De cara, para quem conhece um pouco da obra de Verne, ao pensarmos em Astronomia logo associamos com “Da Terra à Lua” (1865) e “Ao Redor da Lua” (1870), onde até pesquisas sobre metalurgia e balística foram feitas, de forma a deixarem suas histórias as mais acuradas possíveis. Mas não foram as únicas histórias.
O astrônomo francês Jacques Crovisier fez esta correlação em um artigo científico* que, com sua devida autorização, agora traduzimos alguns trechos. Claro, há que se levar em conta que estamos falando de um autor do Século XIX e com o que se sabia sobre qualquer assunto em sua época. Previsões, certeiras ou não, são fruto de sua síntese pessoal do que conseguia trabalhar ao redor, fosse apenas relatando, fosse especulando. Sendo assim, lembremos que Verne por vezes acertava, por vezes errava – mas sempre assombrava.
“As Viagens e Aventuras do Capitão Hatteras” (1866), resume Crovisier, apresenta um dos temas principais de Verne: países frios e a exploração das regiões polares, discorrendo sobre os pólos, a temperatura e os movimentos da Terra. Ainda, levanta a ideia de que um cometa pode ter um dia ter se chocado contra nosso planeta e lhe alterado o eixo de inclinação, e por conseguinte ditado as novas terras que receberiam menos frio do que antes. A hipótese vinha então sendo aceita como, por exemplo, podendo explicar fósseis de animais de aspecto tropical encontrados em regiões frias.
“As Aventuras de Três Russos e de Três Ingleses na África Austral” (1872) conta sobre uma equipe de astrônomos se aventurando no interior da África para medir um meridiano, usando um método de triangulação existente. A obra é tida como homenagem ao astrônomo francês François Arago, que procurava medir o arco de um meridiano para poder precisar a extensão do metro.
“A Volta ao Mundo em 80 dias” (1873) brinca com o conceito de, ao ultrapassarmos o meridiano 180, oposto ao de Greenwich, sempre indo para Leste até retornamos ao ponto de origem, ganha-se mais um dia.
“O País das Peles” (1873) é passado bem ao norte canadense, a 70o Norte, onde os personagens estabelecem um forte. Uma observação de um eclipse total é esperada. Mas, após um terremoto, as próprias leis da física não parecem mais fazer sentido, com as marés não mais sendo sentidas e o eclipse visto sendo apenas