Português, perguntado por vanessavasconcellos7, 5 meses atrás

Reflexos do isolamento social na vida dos adolescentes

preocupam pais e especialista


Patrícia Santos Dumont

26/07/2020 - 06h00 - Atualizado 12h35


Privados de encontrar os amigos, afastados da sala de aula e com o futuro

escolar incerto, adolescentes dos quatro cantos do mundo se viram

obrigados a repensar e reorganizar não só as próprias rotinas, mas a forma

de encará-las. Emocionalmente mais sensíveis, dadas as transformações

inerentes a essa fase da vida, vêm despertando preocupação nos pais e em

especialistas, que avaliam como se comportará a geração no pós-pandemia.

Membro da Federação Latino-americana de Psiquiatria da Infância e da

Adolescência e da Associação Brasileira de Psiquiatria, Ana Christina

Mageste diz que, ao lado dos profissionais de saúde, crianças e

adolescentes estão entre os mais vulneráveis, sujeitos a crises de ansiedade,

fobias, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

“Deixaram e deixarão de viver rituais típicos, como as festas de 15 anos, as

formaturas, viagens e encontros entre amigos. E isso tudo gera um vazio

interno muito grande. Muitas pesquisas já apontam, inclusive, para um

aumento no uso de drogas e álcool. A grande preocupação é saber como se

comportarão no pós-pandemia”, coloca a psiquiatra.


Ansiedade e depressão


Também psiquiatra, especialista no atendimento de crianças e adolescentes,

Jaqueline Bifano chama a atenção para possíveis gatilhos para transtornos

mentais no presente e no futuro. “Limiar muito baixo para irritabilidade,

perda de interesse por coisas que gostava, choro fácil, alterações no apetite,além de sintomas físicos como taquicardia, tremor, dor de cabeça e

tontura”, pontua a profissional, descrevendo sintomas que podem denotar

depressão e ansiedade.

Ao lado de profissionais de saúde, crianças e adolescentes estão entre os

mais afetados pelo isolamento social imposto pela pandemia, dizem

especialistas

Os amigos Laura Condé Junqueira e Pedro Vieira Escuin Gonçalves, de 17

anos, têm passado por meses turbulentos dentro de casa. A queixa comum é

justamente a ansiedade, que procuram driblar vivendo o presente sem fazer

tantos planos para o futuro. “Quando (a ansiedade) bate, paro de estudar

porque fica realmente impossível. Vejo um filme, escuto música ou

converso com as amigas, todas passando pela mesma situação”, conta

Laura.

Pedro, por sua vez, tenta se agarrar à máxima de que "o futuro a Deus

pertence”. Já parei para pensar em como as coisas serão, mas é tudo muito

incerto. Não sabemos como será a flexibilização do isolamento. Tudo

influencia a liberdade que teremos”, diz o garoto, que precisou se

reinventar para manter o ritmo dos estudos para o vestibular .

Professora-adjunta no Departamento de Pediatria da UFMG, Ana Maria

Costa da Silva Lopes diz que, embora os adolescente estejam mais

vulneráveis às repercussões emocionais trazidas pela pandemia, é

importante ponderar que alguns poderão transformar as situações adversas

em resoluções. “Apresentando o que denominamos como resiliência, a

capacidade de adaptação”, acrescenta. (...)
QUESTÕES

1) Relacione as pessoas abaixo com suas funções no texto:


1. Patrícia Santos Dumont

2. Laura Condé Junqueira

3.Ana Maria Costa da Silva Lopes


( ) Jovem adolescente; no texto, tem a função de ampliar a temática discutida ,

trazendo um depoimento pessoal

( ) Professora-adjunta no Departamento de Pediatria da UFMG; no

texto, tem a função de trazer um argumento de autoridade, pois é

especialista no assunto que está sendo tratado

( ) Jornalista; entrevistou as pessoas citadas e organizou as informações em um

texto de natureza argumentativa.

......................................................................................................................................................

2. Uma das especialistas aponta a geração de “um vazio interno muito

grande”. Qual a causa apontada para este sintoma e a possível consequência

que este sintoma pode trazer, de acordo com a especialista?

.........................................................................................................................

3. O texto apresenta, na fala de uma especialista, uma possível solução sobre

a qual os jovens podem ponderar para superar os problemas emocionais na

pandemia. Qual é esta solução?

........................................................................................................................

4. Dentre os depoimentos, são apresentados dois adolescentes vivendo o

isolamento social imposto pela pandemia. Reflita: Estes adolescentes

apresentados no texto parecem ser jovens de que camada social? Quais as

diferenças você pode apontar entre a realidade do isolamento social dos

jovens de classes sociais privilegiadas e os jovens de família de baixa renda

ou em vulnerabilidade social?​


albuquerkijeferson: boa noite
lowhannagomes1: bom dia

Soluções para a tarefa

Respondido por lowhannagomes1
2

essa eu não sei queria muito poder te ajudar

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