redação sobre realismo século xxi
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Resposta:
A política mundial é uma política de poder e a última forma de poder neste domínio é o poder militar. As grandes potências procuram maximizar o seu poder relativo, fruto de um animus dominandi, ou seja da necessidade indissociável da natureza humana em dominar os outros. Se a luta pelo poder não tem limites como afirma Mearsheimer, e o que motiva verdadeiramente o ser humano é a sua constante busca pela segurança causada por um sistema de relações internacionais estruturalmente anárquico, quando os Estados detêm a possibilidade de se prejudicarem mutuamente fruto de capacidades mais ou menos similares, a tendência é que cada um dos Estados passe a tentar acumular a maior parte de poder possível, por forma a precaverem-se perante um eventual ataque.
Se para os realistas defensivos a sobrevivência de um Estado é possível mantendo um poder menos que hegemónico (entenda-se deter segurança suficiente para sobreviver no sistema internacional), para os realistas ofensivos a noção de hegemonia - global e potencial - é fulcral e permite explicar o actual panorama internacional. Assim a hegemonia só pode ser alcançada num plano meramente regional, induzindo que a potência hegemónica é a única grande potência neste sistema. Mesmo quando os Estados atingem um patamar de hegemonia sistémica, mostram-se insatisfeitos, tentando impedir a ascensão no seio do sistema de potenciais competidores estratégicos, nem que para tal se socorram de mecanismos de equilíbrio de poder regional visando o controlo das sua eventual escalada a um patamar superior de poder.
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