Redação sobre a luta dos negros no Brasil e na formação da sociedade
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Resposta: redaçao a abaixo e sobre a luta dos negros
Explicação:
A escravidão foi uma instituição central para a montagem do projeto colonizador português a inícios da Idade Moderna. É conhecida a teoria de que a escravidão era o único meio de garantir braços em larga escala para a lavoura canavieira, na medida em que a utilização de trabalhadores livres numa área de fronteiras abertas (lembre-se que na colônia a terra não era uma mercadoria e, portanto, sua obtenção não era fruto de poder aquisitivo – assim que trabalhador livre se sujeitaria a trabalhar para alguém se poderia ser proprietário?) poderia gerar um cenário de pequenos proprietários produzindo para a própria subsistência – algo bem distante dos reais interesses mercantilistas portugueses.
Superada a ideia de uma escravidão indígena – tanto pela dispersão das tribos ao longo do litoral quanto pelo conhecimento do território que facilitava as fugas e o interesse da Santa Sé em catequizar o gentio – emerge outra justificativa para a utilização da mão de obra escrava negra: a escravidão poderia ser alimentada por um tráfico internacional altamente lucrativo que criaria um circuito de acumulação pela burguesia portuguesa, integrando diferentes áreas do império ultramarino como a África, a América e a Ásia.
Mas a escravidão possuía uma outra significação determinante. Dado que aqueles que se aventuravam pelo Brasil viam na posse de homens a obtenção de um status que seria mais difícil de alcançar na Europa, a compra de escravos era uma necessidade social além de econômica. E se esse produto tão determinante (o escravo) tinha sua venda monopolizada pelos portugueses, concluímos que a Metrópole monopolizava as regras de acesso a um artigo determinante e que, por isso, poderia exigir dos colonos- seu mercado consumidor de escravos- qualquer produto como forma de troca: o açúcar, por exemplo.