Pedagogia, perguntado por mayarakeske, 10 meses atrás

Recentemente, alguns grupos da sociedade civil confrontaram as Secretarias de Educação em seus estados, a respeito da inclusão de novos aspectos relacionados às diferenças de gênero e de papéis sexuais no currículo escolar. No ENEM de 2015, a inclusão de uma frase da pensadora Simone de Beauvoir foi aclamada por muitos e duramente criticada por outros. O trecho em questão foi: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino. (BEAUVOIR,1980)." Frente à uma sociedade alicerçada em papéis pré-estabelecidos de gênero, é bastante natural que uma libertação neste campo não aconteça sem encontrar resistência. Isto (é preciso dizer que infelizmente) aconteceu na luta dos negros contra o racismo, na emancipação das mulheres em busca de igualdades de condição e direitos e ocorre agora, no momento em que a sociedade precisa discutir se a segmentação, por meio de papéis de gênero, está ou não permeada de estereótipos . Pensando no cotidiano escolar, vários especialistas denunciam o modo como o comportamento dos educadores é, muitas vezes, carregado de estereótipos e preconceitos. É comum que educadores ajam como se meninos fossem, por natureza, mais bagunceiros, e meninas mais aplicadas. Será que esta realidade é necessariamente assim? Mas afinal, a distinção: "isso é coisa de menino, e aquilo é coisa de menina", faz algum sentido? Seu desafio consiste em apresentar argumentos que justifiquem uma mudança de postura em relação a padrões predefinidos de comportamento, mesmo se você acreditar que deve prevalecer na educação um modelo tradicional em que padrões diferenciados e preestabelecidos sobre o comportamento do homem e o da mulher são preservados. Reflita sobre seu posicionamento e apresente suas justificativas.

Soluções para a tarefa

Respondido por nathalybarreto3
8

Resposta:Existem características ou gostos que são tipicamente considerados como "masculinos" ou "femininos", mas todos eles são observados tanto em homens quanto em mulheres. A natureza não é composta por um determinismo sobre os gêneros. As diferenças biológicas são evidentes, mas não determinam, por exemplo, que as mulheres devam lavar a louça e os homens, o carro; ou ainda que dançar é coisa de mulher enquanto que aos homens compete jogar bola. A discussão sobre os padrões pré-estabelecidos é importante, pois possibilita mudanças de postura. Neste sentido, é mister perceber que os papéis de gênero não possui um embasamento natural, mas é uma construção social. Desta forma, a tão almejada igualdade entre gêneros pode de fato acontecer. Só deste modo, as verdadeiras oportunidades para os talentos e habilidade individuais podem florescer. Enfim, os argumentos favoráveis à inclusão das questões de gênero nos currículos devem apontar para a inexistência de bases biológicas ou genéticas que justifiquem as regras e os papéis de gênero já estabelecidos. Nesta abordagem, as diferenças que existem entre nós são um somatório de características individuais que independem de sexo.

Explicação:

Respondido por pamnunesz123
1

Resposta:

Existem características ou gostos que são tipicamente considerados como "masculinos" ou "femininos", mas todos eles são observados tanto em homens quanto em mulheres. A natureza não é composta por um determinismo sobre os gêneros. As diferenças biológicas são evidentes, mas não determinam, por exemplo, que as mulheres devam lavar a louça e os homens, o carro; ou ainda que dançar é coisa de mulher enquanto que aos homens compete jogar bola. A discussão sobre os padrões pré-estabelecidos é importante, pois possibilita mudanças de postura. Neste sentido, é mister perceber que os papéis de gênero não possui um embasamento natural, mas é uma construção social. Desta forma, a tão almejada igualdade entre gêneros pode de fato acontecer. Só deste modo, as verdadeiras oportunidades para os talentos e habilidade individuais podem florescer. Enfim, os argumentos favoráveis à inclusão das questões de gênero nos currículos devem apontar para a inexistência de bases biológicas ou genéticas que justifiquem as regras e os papéis de gênero já estabelecidos. Nesta abordagem, as diferenças que existem entre nós são um somatório de características individuais que independem de sexo.

Explicação:

Perguntas interessantes