Racismo e o futebol O futebol surgiu no Brasil no fim do século XIX, era praticado por jovens de nível social destacado que se reuniam nos intervalos de suas atividades para praticar o esporte. Eles próprios custeando suas despesas do divertimento e dentro do mais puro amadorismo. Só podiam jogar os que fossem sócios do clube, funcionava como um símbolo de status, como um diferenciador de classes e raças, um referencial para os que queriam se autoafirmar brancos e serem aceitos na alta sociedade. Apesar do elitismo, aos poucos, o futebol foi conquistando a preferencia popular. Negros, mulatos, trabalhadores e desempregados passaram a olhar com mais interesse a novidade. Se negros e mulatos passaram a adotá-lo como prática lúdica nos seus horários de lazer, bem diferente foi a sua introdução como atletas nos grandes clubes. Tal barreira foi alterada aos poucos e de acordo com a cidade, em ritmos diferenciados. Provavelmente o primeiro clube a aceitar jogadores negros e mulatos foi o The Bangu Athletic Club, criado em 1904 nos subúrbios do Rio de Janeiro por chefes e empregados ingleses de uma fábrica de tecidos. Graças ao pequeno número de jogadores brancos, aos poucos foram convidados para compor a equipe os operários negros e mulatos. O futebol tem a graciosa virtude de unir culturas e povos, sem distinção de credo, raça ou origem. A linguagem da bola é universal. Contudo, os episódios de discriminação racial ocorridos nas partidas de futebol em território brasileiro demonstram, de forma incontestável, que o preconceito é um mal que envergonha o nosso país e que tem que ser erradicado de uma vez por todas. Nesse sentido, é fundamental que a ação seja transformadora, especialmente em uma plataforma de longo alcance como o esporte. Passou da hora de os verdadeiros protagonistas do espetáculo saírem das frases feitas, das campanhas batidas de “todos somos iguais” ou das mensagens de apoio nas redes sociais. O show não pode continuar à sombra dos racistas. É bom lembrar que, além deles, os cúmplices também envergonham o futebol. QUESTÃO 1 – O futebol do século XIX, era um esporte para todos? Justifique. QUESTÃO 2 – Em sua opinião ainda há preconceito no futebol? Justifique e cite exemplo. QUESTÃO 3 – Podemos afirmar que o futebol jogado no século XIX, era profissional? Justifique sua resposta utilizando uma passagem retirada do texto. QUESTÃO 4 - Para você, qual seria a solução para acabar ou diminuir o racismo dentro dos estádios? QUESTÃO 5 - Na sua opinião, por que isso acontece? Por que as pessoas ainda são racistas? QUESTÃO 6 – Por diversas vezes as questões envolvendo todos os tipos de preconceito sejam elas nos estádios ou fora deles, são classificados como "mimimi". O que podemos falar para as pessoas que pensam dessa forma?
Soluções para a tarefa
DESCULPA!! SÓ FIZ ATÉ A QUESTÃO 3
QUESTÃO 1- Não
Quando o futebol foi introduzido no Brasil, no final do século 19, por Charles Miller, o esporte era praticado pela elite branca da cidade de São Paulo. A escravidão tinha sido extinta havia poucos anos e os negros não eram aceitos pelos clubes para a prática do esporte. Dessa forma, o futebol manifestava um dos problemas cruciais da transição do Império para a República, isto é, a "integração do negro na sociedade de classes", como bem denominou o sociólogo Florestan Fernandes. O fim da escravidão, do Império, e a generalização das relações de trabalho livre não superaram os vícios aristocráticos da sociedade brasileira.
QUESTÃO 2- Sim
muitos jogadores sofrem preconceito por ser negro ou por ter algum problema.
QUESTÃO 3- "O futebol é o ideal de uma sociedade perfeita: poucas regras, claras, simples, que garantem a liberdade e a igualdade dentro do campo, com a garantia do espaço para a competência individual." Esta frase do autor peruano Mario Vargas Llosa talvez ajude a compreender um pouco a admiração que este esporte desperta em todo o mundo. Mas nem sempre os critérios da competência e da habilidade foram relevantes para a prática do esporte. Quando o futebol foi introduzido no Brasil, no final do século 19, por Charles Miller, o esporte era praticado pela elite branca da cidade de São Paulo. A escravidão fora extinta havia poucos anos e os negros não eram aceitos pelos clubes para a prática.