QUESTÃO 47-(ENEM/2021-PPL-Adaptada) Leia o texto a seguir.
Polemizando contra a tradicional tese aristotélica, que via na sociedade o
resultado de um instinto primordial, Hobbes sustenta que no gênero humano,
diferentemente do animal, não existe sociabilidade instintiva. Entre os indivíduos
não existe um amor natural, mas somente uma explosiva mistura de temor e
necessidade recíprocos que, se não fosse disciplinada pelo Estado, originaria
uma incontrolável sucessão de violências e excessos.
NICOLAU, U. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à Idade Moderna. São
Paulo: Globo, 2005 (adaptado).
Referente à constituição da sociedade civil, considere, respectiva mente, o
correto posicionamento de Aristóteles e Hobbes:
(A) Instrumento artificial para a realização da justiça e forma de legitimação do
exercício da coerção e da violência.
(B) Realização das disposições naturais do homem e artificio necessário para frear
a natureza humana
O
(C) Resultado involuntário da ação de cada individuo e anulação dos impulsos
originários presentes na
O
(D) Objetivação dos desejos da maioria e representação construída para possibilitar
as relações interpessoais.
(E) Realização da razão e expressão da vontade dos governados.
C
Soluções para a tarefa
Resposta:
Alternativa (B) - Realização das disposições naturais do homem e artificio necessário para frear a natureza humana
Explicação:
Simplificando: Aristoteles acreditava que os homens tinham, naturalmente, um instinto natural para viver em sociedade. Hobbes pensava o oposto e por isso, a sociedade civil seria uma forma de "frear" a natureza humana, que de acordo com o pensamento dele, é indisciplinada.
Sobre a constituição da sociedade civil é correto afirmar, respectivamente, para Aristóteles e Hobbes: B) Realização das disposições naturais do homem e artificio necessário para frear a natureza humana
A sociedade civil para Aristóteles e Hobbes
Muitos século separam o entendimento da formação da sociedade civil, para os filósofos Aristóteles, no século V a.C. e Hobbes, no século XVII d.C..
Para Aristóteles, a formação das cidades, a pólis grega, foi um aspecto fundamental para a formação ética do homem, uma vez que entendia o ser humano como gregário, necessitando portanto, da vida em comum para a prática das virtudes.
Hobbes por sua vez, defendia o absolutismo inglês, e por isso entendia os homens como corrompidos pelas paixões: o egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição por poder, entre outros. Portanto, era imprescindível um contrato, um acordo, quando um soberano, através das leis, deveria garantir os direitos de todos.
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