Questão 3
(UFSM-RS)
A lenda da mandioca (Lenda dos índios tupi)
Nasceu uma indiazinha linda, e a mãe e o pai tupis espantaram-se:
— Como é branquinha esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani era linda, silenciosa e quieta. Comia pouco e pouco bebia. Os pais preocupavam-se.
— Vá brincar, Mani, dizia o pai.
— Coma um pouco mais, dizia a mãe.
Mas a menina continuava quieta, cheia de sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede. O pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas à menina. Mas não atinava com o que tinha Mani. Toda a tribo andava triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria, sem doença e sem dor.
E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias, como era costume entre os índios tupis. Regavam com lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo de Mani rompia uma plantinha verde e viçosa.
— “Que planta será esta?”, perguntaram, admirados. Ninguém a conhecia.
— É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.
E continuaram a regar o brotinho mimoso. A planta desconhecida crescia depressa. Poucas luas se passaram, e ela estava altinha, com um caule forte, que até fazia a terra se rachar em torno.
— A terra parece fendida, comentou a mãe de Mani.
— Vamos cavar?
E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia uma nova planta!
— Vamos chamá-la Mani-oca, resolveram os índios.
— E, para não deixar que se perca, vamos transformar a planta em alimento!
Assim fizeram! Depois, fincando outros ramos no chão, fizeram a primeira plantação de mandioca. Até hoje entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um alimento muito importante.
E, em todo Brasil, quem não gosta da plantinha misteriosa que surgiu na casa de Mani?
GIACOMO, Maria T. C. de. Lendas brasileiras, n. 7, 2. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1977. (adaptado)
Considerando princípios ortográficos, fonológicos e morfológicos da língua portuguesa, considere as afirmativas a seguir
I. Se inserido acento na sílaba final de esta, altera-se a tonicidade, mas mantém-se inalterada a classe de palavra.
II. Em linda, assim como em quieta, verifica-se ocorrência de um fonema representado por duas letras.
III. Diferentemente de pouco, a palavra poucas flexiona-se para concordar com o nome que a acompanha.
Está(ão) correta(s)
Soluções para a tarefa
Respondido por
3
Resposta:
apenas II e III
Explicação:
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