QUESTÃO 3: A pandemia e o fechamento das escolas, com a interrupção das atividades presenciais, criaram enormes desafios para as escolas, os professores e as famílias. A rotina das crianças foi profundamente alterada e muitas ficaram um ano letivo sem a oportunidade de interagir presencialmente com os amigos da escola, os professores e, em alguns casos, com os avós e outros familiares. É importante considerar também que as condições das famílias para adotarem as medidas de isolamento social variam enormemente e é plausível imaginar que famílias mais vulneráveis estejam enfrentando condições mais desafiadoras e isso pode impactar o bem-estar, a nutrição, o desenvolvimento e as desigualdades educacionais. Ainda sabemos pouco sobre os impactos da pandemia do Covid-19 no desenvolvimento das crianças pequenas. No entanto, ao longo do segundo semestre de 2020 e nos primeiros meses de 2021, foram publicadas revisões sistemáticas e estudos com dados secundários em diversos países que buscam responder duas questões fundamentais: a) qual é o efeito do fechamento das escolas no aprendizado e nas desigualdades educacionais?; b) Qual é o impacto do ensino remoto no aprendizado? (EEF, 2020a; 2020b; Halterbeck, et al., 2020; Engzell et al., 2020; Maldonado; De Witt, 2020). Em linhas gerais, os resultados dos estudos sugerem que o cenário atual, com uma interrupção prolongada das atividades presenciais nas escolas, irá aprofundar as desigualdades educacionais. Assinale a alternativa CORRETA sobre OS EFEITOS DA PANDEMIA NO BEM-ESTAR E NO DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS de acordo com estudos nacionais e internacionais:
Soluções para a tarefa
Resposta:
A diminuição de oportunidades de aprendizagem oferecidas pelas escolas, em especial para crianças mais vulneráveis, é um dado preocupante, em especial frente às evidências já produzidas por estudos que indicam que a frequência à pré-escola, além de contribuir para o desenvolvimento das crianças em diversas dimensões e estar associado a trajetórias educacionais mais longas, é um fator protetor especialmente para crianças de origem socioeconômica mais baixa. Estes efeitos mais duradouros são observados, em especial, para a frequência em escolas de qualidade, medidas a partir de instrumentos de avaliação da qualidade dos ambientes da educação infantil e/ou das interações entre professor-crianças (Damiani et al., 2011, Campos et al., 2011; Peisner-Feinberg, et al, 2000; Sylva, et al., 2010; Sammons, 2008, Tymms, et al, 2009, Nichd, 2006; Howes et al., 2008). No momento em que as medidas de distanciamento social limitam as interações com os professores e as oportunidades de aprendizagem oferecidas pelo atendimento da educação infantil, o ambiente da aprendizagem em casa torna-se ainda mais crucial para o desenvolvimento das crianças. Assim, podemos esperar que a desigualdade de acesso ao apoio oferecido pelas escolas durante a pandemia, relatado por diversos estudos, tenha implicações para a ampliação das desigualdades educacionais já existentes antes da pandemia.
Explicação:
Com o advento da pandemia no Brasil, o país parou: escolas fechadas, pessoas trancadas em casa e as ruas, vazias.
Não se sabia muito sobre o novo vírus e como acontecia a contaminação. Por isso, a única alternativa era o isolamento e o uso de máscaras.
a) Com o fechamento das escolas, as crianças e os jovens tiveram que se adaptar ao aprendizado a distância, através de telas e computadores. Contudo, há outra realidade: crianças e jovens que não possuem suporte nem bens para ter uma educação que acompanhe às exigências educacionais, culminando em desigualdade entre classes, como em relação às escolas privadas e públicas.
b) O ensino remoto causou impactos no processo de ensino e de aprendizagem de crianças e jovens, uma vez que os educandos tiveram que se adaptar a um ensino autônomo, ou seja, sem a presença constante dos professores e aprender por recursos visuais e auditivos.
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