QUESTÃO 1
Leia os trechos da reportagem abaixo:
A questão hidrelétrica no Brasil: Um país que precisa de mais energia elétrica para crescer pode abrir mão da água como sua principal fonte de geração?
Por Fabiane Stefano
Fonte: National Geographic Brasil EDIÇÃO ESPECIAL DE ENERGIA/JUNHO DE 2012
... Nunca na história deste país as hidrelétricas causaram tanta polêmica como agora. O centro da atual discussão é a construção da usina de Belo Monte, no Pará, a ser erguida às margens do rio Xingu. A obra, cujo preço é estimado em 32 bilhões de reais, deverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo - atrás apenas das de Três Gargantas, na China, e Itaipu, no Brasil - e criou dois times que lutam em campos opostos. No grupo dos especialistas, dos analistas econômicos e do próprio governo, apenas grandes hidrelétricas serão capazes de fornecer energia limpa e barata em escala suficiente para satisfazer a demanda crescente por luz elétrica no país. No time dos ecologistas e dos ativistas sociais, os ganhos são bem menores em comparação ao rastro de destruição que elas deixam para o meio ambiente, para as populações indígenas e para as comunidades ribeirinhas. Entre os dois pontos de vista, há um fato e um dilema: o Brasil é o país com o maior potencial hidrelétrico do mundo, com mais de 260 mil megawatts já catalogados. Apenas um terço disso é explorado. A riqueza dos rios brasileiros para geração de eletricidade é uma bênção da natureza ou uma maldição, que nos acompanhará por todo o século 21?
Em mais de um século de exploração hidrelétrica no Brasil, boa parte dos rios com potencial para gerar energia perto dos centros urbanos já foi utilizada. O Tietê, que corta o Estado de São Paulo, foi fatiado por oito barragens, que o transformaram em uma sucessão de lagos. Com os maiores potenciais usados, a solução foi rumar em direção a regiões mais remotas. De acordo com os planos do governo, entre as dez maiores usinas planejadas para serem construídas entre 2016 e 2020, oito ficam na região Norte. Se saírem mesmo do papel, esses empreendimentos enfrentarão as mesmas limitações que o projeto de Belo Monte tem pela frente. A primeira delas é o regime hidrológico que reduz a geração durante a estiagem. Na época de chuvas, de março a maio, a usina irá produzir sua plena capacidade, de 11.182 MW. Nos nove meses restantes, a geração média será de 4.670 MW. No auge da seca em Altamira, a hidrelétrica do rio Xingu criará menos de 700 MW. No projeto original de Belo Monte (ainda sob o nome de Kararaô), datado dos anos 1980, a barragem tinha um reservatório de 1,5 mil quilômetros quadrados, mas a pressão dos ambientalistas o reduziu a um terço. Sem o lago para represar a água, a capacidade de geração também diminuiu. Diante desse impasse, muitos analistas defendem a lógica malthusiana: se era para fazer o mal, que fosse uma única vez. "É preciso ser pragmático. Não seria melhor ter preservado o reservatório do projeto original de Belo Monte e cancelar os demais projetos na Amazônia?", questiona Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Diante do exposto, posicione-se quanto à utilização das hidrelétricas como fonte de geração de energia, explane sobre os impactos ambientais ocasionados e o custo da energia para o consumidor final.
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Com a eficiência da energia das hidrelétricas em alta, em torno de 90 a 95%. Os investimento
inicial e os custos de manutenção são muitos altos, porém, o custo do
combustível é a (água) . E ela uma fonte de energia renovável e que não emite
poluentes, contribuindo para que não
ocorra o aquecimento global. E para o país que tenha tanto rios, torna-se uma fonte de energia vantajosa
e altamente sustentável. Só que as hidrelétrica não está isenta de impactos
ambientais e sociais.
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