QUESTÃO 1
Dados da questão
Observe a charge:
Charge de Carlos Latuff que questiona as incursões da polícia em comunidades
Considerando a temática abordada na charge, posicione-se sobre o assunto em questão e comente a seguinte afirmação:
"[ ] a nociva, insana e sanguinária "guerra às drogas" - nociva, insana e sanguinária como quaisquer outras guerras - não é efetivamente uma guerra contra as drogas. Como qualquer outra guerra, não se dirige contra coisas. É sim uma guerra contra pessoas - os produtores, comerciantes e consumidores das arbitrariamente selecionadas substâncias tornadas ilícitas. Mas, é ainda mais propriamente uma guerra contra os mais vulneráveis. Os "inimigos" nessa guerra são os pobres, os marginalizados, os desprovidos de poder."
(KARAM, Maria Lúcia)
QUESTÃO 2
Leia os textos abaixo:
Texto I
Legalização da maconha: um debate inadiável no Brasil
Quando a sociedade proíbe uma droga, ela abre mão de controlá-la - sustenta o sociólogo e vereador carioca Renato Cinco.
É mais fácil para um adolescente, hoje, comprar um cigarro de maconha do que uma lata de cerveja: a venda do álcool é regulada e para o vendedor da maconha, que está na ilegalidade, tanto faz o comprador ser maior ou menor. Essa é uma das razões por que o sociólogo e vereador Renato Cinco (PSOL/RJ) defende a legalização da planta.
"Qualquer modelo de legalização é melhor do que manter a lógica de morte, prisão e violência que existe hoje", afirma ele. "O tráfico de drogas é a principal razão da violência nas cidades e da prisão de jovens. Há usuários presos como traficantes e 60% dos traficantes encarcerados nunca pegaram em armas, são uma espécie de camelôs da droga." A legalização da produção, comercialização e uso da maconha enfraquecerá o tráfico, pois a maconha ocupa cerca de 90% do mercado de drogas ilícitas.
Para ele, a legalização não deve permitir que surjam a Ambev ou a Souza Cruz da maconha - deve-se pensar uma regulamentação que evite os grandes negócios. "Tinha de ter a regulamentação do cultivo individual, a regulamentação das cooperativas e a de como ambos podem vender o excedente de produção. E a publicidade deve ser totalmente proibida" - afirma.
Num debate mais que necessário, o vereador carioca fala ainda sobre o uso medicinal e os riscos da droga, com a necessidade de ter uma Rede de Atenção em Saúde Mental. "As pessoas que desenvolvem dependência precisam ser atendidas com metodologia correta, e o atendimento ambulatorial é mais do que suficiente na maioria dos casos."
Você pode assistir à reportagem completa em:
Fonte: Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2015.
Texto II
NÃO À LEGALIZAÇÃO
Os argumentos de quem é contra
RONALDO LARANJEIRA
Crédito: Victor Affaro
Por que você é contra a legalização?
Sou contra qualquer mudança de política em relação à maconha que possa aumentar o consumo. No Brasil, de 2% a 3% da população fuma regularmente maconha. Em alguns países europeus, nos Estados Unidos e Austrália, a média é de 20%. Mas, ao contrário deles, nós não temos uma rede de proteção para as pessoas que desenvolvem transtornos mentais ou problemas sociais por causa da droga. É errado simplesmente discutirmos modelos que funcionam em outras nações, outras culturas. Eles podem servir de inspiração, mas nós precisamos estudar um pouco mais o impacto da nossa lei e, a partir daí, fazermos experiências em algumas cidades ou estados para ver qual seria o melhor modelo para o Brasil.
O problema seria de saúde pública?
A legalização aumentaria o consumo e facilitaria o acesso à maconha. Se fosse permitido que todo mundo plantasse maconha em casa, não só as pessoas que consomem plantariam. Os grandes traficantes também, para fornecer a droga. O afrouxamento dos controles sociais em relação à maconha seria exatamente o oposto do que tem sido feito com o tabaco e o álcool, e não resolveria o problema. Estamos frente a um contrassenso. Para mim, o argumento de que as pessoas têm o direito sobre o próprio corpo é muito mais sério do que falar que a legalização da maconha não vai ter consequências sociais e de saúde pública.
O tráfico não diminuiria?
Essa é uma grande ilusão, porque o tráfico é mais sofisticado do que pensamos. Para competir com ele, seria preciso ter uma maconha mais barata e concentrada. Porque se você vender um cigarro de maconha por R$ 5, o tráfico estará vendendo a R$ 1. Com a legalização, a oferta de maconha vai aumentar, além de o tráfico continuar a vender ilegalmente. E se colocarmos no mercado uma maconha mais pura e forte, do ponto de vista de saúde pública, seria uma temeridade. Não há uma solução simples, não basta apenas legalizarmos a maconha. Essa justificativa de combate ao tráfico é uma ilusão quase que pueril.
Os dois textos apresentam opiniões divergentes acerca do assunto abordado. Nesse sentido, você é contra ou a favor da legalização da maconha? Com qual dos autores você concorda? Lembre-se de selecionar, organizar e relacionar argumentos que sustentem seu ponto de vista.
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Olhando pelos dois lados A maconha é uma planta medicinal usada para pessoas que tem fortes convulsões ( canabidiol) mas temos que enxergar que diferente dos outros países desenvolvidos ( América do Norte e Europa) o Brasil não tem uma rede de segurança pública muito confiável . Por esses motivos eu sou contra a legalização e vale lembrar se a maconha for legalizada o número de usuários de drogas no País irá aumentar porque as pessoas terão acesso mais fácil a droga.
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