Questão 1 21 de Maio Passei uma noite horrivel. Sonhei que eu residia numa casa residivel, tinha banheiro, cozinha, copa e até quarto de criada. Eu ia festejar o aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu ia comprar-lhe umas panelinhas que há muito ela vive pedindo. Porque eu estava em condições de comprar. Sentei na mesa para comer. A toalha era alva ao lírio. Eu comia bife, pão com manteiga, batata frita e salada. Quando fui pegar outro bife despertei. Que realidade amarga! Eu não residia na cidade. Estava na favela. Na lama, as margens do Tietê. E com 9 cruzeiros apenas. Não tenho açúcar porque ontem eu saí e os meninos comeram o pouco que eu tinha. ...Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro, quem não sabe o que é fome, a dor, a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao lado do pobre, que é o braço. Braço desnutrido. Precisamos livrar o paiz dos politicos açambarcadores. JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 8 ed. São Paulo: Ática, 1999. P. 35. Questão: O texto de Carolina Maria de Jesus apresenta uma linguagem:
Soluções para a tarefa
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Percebemos que o texto de Carolina Maria de Jesus apresenta uma linguagem:
- Coloquial.
Esse texto é um dos muitos relatos que compõem a obra "Quarto de Despejo" da mesma autora. Os escritos eram registros de desabafos de Carolina acerca dos problemas que vivenciava no dia a dia: a pobreza, a fome, discussões com vizinhos, etc.
A então escritora foi descoberta em meados do século XX pelo jornalista Audálio quando este realizava uma reportagem sobre a favela do Canindé. Ao ler o diário da moradora da favela, o jornalista percebeu a riqueza de informações contida nos escritos. Viu ele uma realidade retratada por quem de fato a vivenciava e, por isso, conseguia expressá-la com verdade.
Foram muitos desses registros transformados em obra, porém mantida a linguagem original.
- Coloquial.
Esse texto é um dos muitos relatos que compõem a obra "Quarto de Despejo" da mesma autora. Os escritos eram registros de desabafos de Carolina acerca dos problemas que vivenciava no dia a dia: a pobreza, a fome, discussões com vizinhos, etc.
A então escritora foi descoberta em meados do século XX pelo jornalista Audálio quando este realizava uma reportagem sobre a favela do Canindé. Ao ler o diário da moradora da favela, o jornalista percebeu a riqueza de informações contida nos escritos. Viu ele uma realidade retratada por quem de fato a vivenciava e, por isso, conseguia expressá-la com verdade.
Foram muitos desses registros transformados em obra, porém mantida a linguagem original.
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