Filosofia, perguntado por dallilasylva05, 8 meses atrás

QUESTÃO 01 - "Mais interessado na vida natural que seu mestre, Aristóteles formulou uma teoria da realidade que ficou conhecida como 'hilemorfismo teleológico'. Para explicá-la, é preciso relacionar conceitos de sua física com os de sua metafísica". (Fundamenros de Filosofia, p. 228)
Explique o que significa, na teoria aristotélica, a expressão hilemorfismo teleológico:

QUESTÃO 02 - Aristóteles enumerou princípios que fundamentam o movimento, a estes princípios ele chamou de causas e essa parte do conhecimento aristotélico ficou compreendida como Teoria das Quatro Causas. A partir dessa teoria, tendo como referência uma escultura de mármore, explique as quatro causas desse objeto: causa material, causa formal, causa eficiente e causa final.

QUESTÃO 03 - "Não é, pois, por natureza, nem contrariando a natureza que as virtudes se geram em nós. Diga-se, antes, que somos adaptados por natureza a recebê-las e nos tornamos perfeitos pelo hábito. Por outro lado, de todas as coisas que nos vêm por natureza, primeiro adquirimos a potência e mais tarde exteriorizamos os atos. Isso é evidente no caso dos sentidos, pois não foi por ver ou ouvir frequentemente que adquirimos a visão e a audição, mas, pelo contrário, nós as possuíamos antes de usá-las, e não entramos na posse delas pelo uso. Com as virtudes dá-se exatamente o oposto: adquirimo-las pelo exercício, como também sucede com as artes. Com efeito, as coisas que temos de aprender antes de poder fazê-las, aprendemo-las fazendo; por exemplo, os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo esse instrumento. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, e assim com a temperança, a bravura, etc.". (Ética a Nicômaco - Aristóteles)
Letra A: Qual a distinção entre ato e potência?
Letra B: Qual a distinção entre a moral na perspectiva socrática e aristotélica?


dallilasylva05: Me Ajudemm Pfvrrrr

Soluções para a tarefa

Respondido por elamambretti
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01- A teoria do ato e potência com implicações metafísicas é o fundamento do sistema hilemorfismo teleológico. Ato e potência relacionam-se com o movimento enquanto que a matéria e forma com a ausência de movimento.  

02 - A teoria aristotélica sobre as causas estende-se sobre toda a Natureza, que é como um artista que age no interior das coisas. Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:  

A causa material - a quilo do qual é feita alguma coisa: o mármore

A causa formal -  a coisa em si:  estátua de mármore

A causa eficiente ou motora - aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge: o escultor

A causa final - aquilo para o qual a coisa é feita: representação decorativa

03. A - Todas as coisas são em potência e ato. Uma coisa em potência é uma coisa que tende a ser outra, como uma semente, que é uma árvore em potência. Uma coisa em ato é algo que já está realizado, como uma árvore, que já foi  uma semente em ato.

Todas as coisas, mesmo em ato, também são em potência: pois uma árvore - uma semente em ato - também é uma folha de papel ou uma mesa em potência.

A única coisa totalmente em ato é o Ato Puro, que Aristóteles identifica com o Bem. Esse Ato não é nada em potência, nem é a realização de potência alguma. Ele é sempre igual a si mesmo, e não é um antecedente de coisa alguma.

B - Para Sócrates, a felicidade é o bem supremo da vida humana. O bem é a prática das boas ações e a felicidade é ter uma vida correta.  

O que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, o poder da alma sobre o corpo, e a temperança, o domínio de si mesmo. Para fazer o bem, basta conhecê-lo. Todos os homens procuram o bem, isto é, a felicidade. Assim, o vício não passa de ignorância, pois ninguém pode fazer o mal voluntariamente.

Aristóteles concebeu uma ética Finalista, que visa ao alcance da felicidade, composta de vários bens: sabedoria, virtude e prazer. O bem moral consiste em agir de forma equilibrada e sob a orientação da razão para a fruição de uma vida boa e bela, não como privilégio individual e sim coletivo, pois considerava que o bem individual não pode estar em desacordo com o bem social.

Bons estudos!

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