quem é o comandante do fascismo e qual a diferença do fascismo e o nazismo??
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fascismos Benito Mussolini
A diferença do nazismo para o fascismo é que o nazismo tinha um líder e o racismo era apenas um movimento
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Eu nunca estive na Venezuela. O que conheço sobre Simón Bolívar, aprendi depois de adulto. Fui conhecer alguns dos principais países do nosso continente a partir de meados da década passada, a lazer e a trabalho. Conhecer por estes dois lados, hora indo a museus, hora visitando empresas, ajudou-me a construir a minha perspectiva do que está acontecendo em muitos deles.
E principalmente leio muito, desde livros sobre a região (recomendo este), passando por jornais locais de cada país e publicações internacionais, indo até blogs escritos por cidadãos deste países ou brasileiros que conhecem a região (vale ler este com o depoimento de um estudante venezuelano sobre o que está acontecendo lá no momento que escrevo este texto). Motivado pela facilidade para visitar, mas principalmente por questões de trabalho, Argentina, Uruguai e Chile são países que posso dizer que estou mais familiarizado do que muitos estados brasileiros.
Mas o interesse pela Venezuela, confesso que surgiu somente a partir da eleição do Chávez em 1998 e intensificou-se após a tentativa de golpe contra ele em 2002. A ideia que grande parte da América Latina vive em movimentos pendulares e que os países seguem os mesmos caminhos políticos, quase de forma sincronizada, voltou a minha mente. Reativou-se então meu interesse por um fenômeno latino-americano recorrente e que acredito ter na Venezuela o seu mais brilhante expoente na atualidade: o caudilho. O caudilhismo não é de esquerda nem de direita, embora use armas de ambos os lados. O caudilhismo se vale do culto a uma personalidade, utiliza-se da paixão do latino por figuras heróicas (as estátuas de heróis da pátria montados em cavalo em praças importantes é parte do cartão postal de praticamente cada cidade que visitei) e na crença que uma figura paternal irá resolver os nossos problemas, sem que nós mesmos tenhamos que fazer a nossa parte. Em suma, o caudilhismo é o culto ao salvador da pátria.
O caudilhismo tradicional precisa de uma figura carismática, já a versão do século XXI traz um novo componente: o marketing. Com a ajuda da ciência do comportamento e de marqueteiros competentes, o caudilho geralmente consegue fazer seu sucessor mesmo em regimes democráticos, utilizando-se da máquina publicitária e assistencialista que só um governo forte e com amplos poderes consegue produzir.
Ouso ainda dizer que o caudilhismo é primo-irmão do fascismo, adaptando-o aos trópicos. Explicando, pois muita gente se confunde com o termo fascismo ou incorporou-o somente como forma de xingamento dirigido a quem pensa diferente ou age com brutalidade. O facismo é um sistema de governo que carteliza o setor privado, planeja centralizadamente a economia, privilegia grandes empresários com boas conexões políticas, exalta o poder estatal como sendo a fonte de toda a ordem, nega direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos e torna o poder executivo o senhor irrestrito da sociedade. Seu lema foi imortalizado por Benito Mussolini: "Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado".
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