que outras as cenas estão sendo desenvolvidas utilizando esta mesma plataforma tecnológica
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Resposta:
A pandemia provocada pelo novo coronavírus suscitou uma corrida sem precedentes pelo desenvolvimento de vacinas capazes de conter o avanço da Covid-19 que, até o momento, de acordo com o painel de monitoramento mantido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já contaminou mais de 75 milhões de pessoas e fez perto de 1,7 milhão de vítimas fatais ao redor do mundo.
Em diferentes países, laboratórios e instituições de pesquisa passaram os últimos meses em processos acelerados de estudo, a fim de desenvolver um imunizante apropriado para minimizar o impacto de saúde causado pelo SARS-CoV-2. Para tentar frear o avanço da doença, cientistas lançaram mão de diversas plataformas de pesquisa e diferentes tecnologias para desenvolver uma vacina segura e eficaz em tempo recorde.
Várias dessas tecnologias possibilitaram desenvolver diferentes tipos de vacinas, algumas em fase avançada de testes em humanos, outras registradas em alguns países para uso emergencial nas últimas semanas, inclusive já sendo aplicadas na população de países como Reino Unido, Estados Unidos e Canadá.
No Brasil, onde o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, não implementou uma ação nacional articulada e coordenada para o controle da pandemia, o número de casos segue entre os mais altos do mundo. Ainda assim, o país está entre os que participam de estudos internacionais e já inicia a produção de pelo menos duas vacinas, resultantes de pesquisas multicêntricas.
Uma delas, desenvolvida em cooperação entre a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford (Reino Unido), conta com a parceria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para testes no Brasil, e deverá, se aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ser fabricada no país pelo laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz.
A outra, desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech, já está em produção no Instituto Butantan, que coordenou os ensaios clínicos da fase III no Brasil. Ambos os casos têm previsão de transferência de tecnologia.
Da pesquisa à aprovação para uso populacional
O processo de desenvolvimento de vacinas é normalmente complexo e, entre tentativas e erros, leva bastante tempo até chegar ao produto final. Por isso, a busca internacional por um imunizante contra a Covid-19 foi acelerada, e as primeiras vacinas para uso na população, com registro para uso emergencial, foram aprovadas menos de um ano após a declaração de pandemia feita pela OMS.
No caso das vacinas contra a Covid-19, estudos clínicos multicêntricos de fase III de diversas vacinas candidatas, desenvolvidas com diferentes tecnologias vacinais, já envolveram em torno de 60 mil pessoas em todo o mundo, e foram avaliados preliminarmente sem esperar o prazo usual mínimo de 12 meses.
Atualmente, 164 candidatas a vacina estão em fase de pesquisa pré-clínica, em laboratório e em modelos animais, e 48 já estão em etapa de testes clínicos nas fases I, II e III, em diferentes países.
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