Que instituições foram criadas por clistenes na nova organização política ateniense?e quais eram as suas funções ?
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Clístenes e a criação da democracia
Com a derrota e a fuga de Hípias, era de esperar que Atenas retrocedesse ao regime aristocrático, firmemente apoiado por Esparta. Essa possibilidade realmente existiu, mas a ela se opôs um líder eupátrida, Clístenes, que, apoiado pelo povo, derrotou seus adversários. Alçado assim ao poder, o novo chefe político implantou reformas radicais, fundando a democracia.
Esse processo, que caminhou da tirania para a democracia, alterando em profundidade a natureza da sociedade ateniense, ocorreu paralelamente à introdução massiva da escravidão. Veremos adiante que a coincidência entre o progresso da escravidão e o florescimento da democracia nada tem de paradoxal.
As reformas de Clístenes, cujo objetivo era quebrar definitivamente o poderio aristocrático, começaram com um radical reordenamento social. Os atenienses foram divididos em cem circunscrições territoriais, demos, distribuídas por três regiões distintas: a cidade, a costa e o interior. Os cem demos foram agrupados em dez tribos, levando se em conta um detalhe: cada tribo era formada por um número proporcional de demos de cada uma das três divisões regionais (cidade, costa, interior) para evitar particularismos.
As conseqüências imediatas dessa surpreendente reorganização social foram:
• todos os cidadãos, independentemente de sua condição, passaram a pertencer a um demos;
• visto que cada tribo era formada por um número proporcional de demos das três regiões, a influência dos interesses locais foi neutralizada em favor dos interesses gerais;
• a influência política das grandes famílias aristocráticas foi eliminada
• as instituições políticas foram ajustadas à nova organização social, estabelecendo se as bases da democracia ateniense.
No momento em que Clístenes concluía as suas reformas, Atenas não era, porém, militarmente tão poderosa quanto Esparta nem dispunha de uma economia mercantil mais dinâmica do que a de Corinto. Com as Guerras Médicas, ocorridas um pouco depois, esse quadro se modificou, e Atenas se tornou a potência hegemônica da Grécia.
As reformas de Clístenes
Com base na nova organização social, Clístenes remodelou as instituições políticas.
*
A Bulé (o Conselho dos Quatrocentos, criado por Sólon) passou a ter quinhentos membros, à razão de cinqüenta por tribo, escolhidos por sorteio. Tornou se um importante órgão político: cuidava da administração, elaborava leis a serem discutidas na Eclésia (Assembléia do Povo) e cumpria funções judiciárias.
*
O Arcontado, ou magistratura suprema, passou a ter dez arcontes, um por tribo.
*
Foram criadas dez unidades de infantaria hoplita e dez esquadrões de cavalaria, cujo comando foi entregue a dez estrategos (generais), eleitos à razão de um por tribo.
*
Foi instituído o ostracismo, que consistia no exílio por dez anos de cidadãos considerados nocivos à ordem pública. Considerada um recurso para neutralizar a tirania, a pena do ostracismo precisava ser votada na Eclésia, e o cidadão a ela condenado conservava os seus bens, além de sua família não ser obrigada a acompanhá-lo no exílio.
*
Duas instituições não sofreram alterações: a Eclésia e o Areópago
Com a derrota e a fuga de Hípias, era de esperar que Atenas retrocedesse ao regime aristocrático, firmemente apoiado por Esparta. Essa possibilidade realmente existiu, mas a ela se opôs um líder eupátrida, Clístenes, que, apoiado pelo povo, derrotou seus adversários. Alçado assim ao poder, o novo chefe político implantou reformas radicais, fundando a democracia.
Esse processo, que caminhou da tirania para a democracia, alterando em profundidade a natureza da sociedade ateniense, ocorreu paralelamente à introdução massiva da escravidão. Veremos adiante que a coincidência entre o progresso da escravidão e o florescimento da democracia nada tem de paradoxal.
As reformas de Clístenes, cujo objetivo era quebrar definitivamente o poderio aristocrático, começaram com um radical reordenamento social. Os atenienses foram divididos em cem circunscrições territoriais, demos, distribuídas por três regiões distintas: a cidade, a costa e o interior. Os cem demos foram agrupados em dez tribos, levando se em conta um detalhe: cada tribo era formada por um número proporcional de demos de cada uma das três divisões regionais (cidade, costa, interior) para evitar particularismos.
As conseqüências imediatas dessa surpreendente reorganização social foram:
• todos os cidadãos, independentemente de sua condição, passaram a pertencer a um demos;
• visto que cada tribo era formada por um número proporcional de demos das três regiões, a influência dos interesses locais foi neutralizada em favor dos interesses gerais;
• a influência política das grandes famílias aristocráticas foi eliminada
• as instituições políticas foram ajustadas à nova organização social, estabelecendo se as bases da democracia ateniense.
No momento em que Clístenes concluía as suas reformas, Atenas não era, porém, militarmente tão poderosa quanto Esparta nem dispunha de uma economia mercantil mais dinâmica do que a de Corinto. Com as Guerras Médicas, ocorridas um pouco depois, esse quadro se modificou, e Atenas se tornou a potência hegemônica da Grécia.
As reformas de Clístenes
Com base na nova organização social, Clístenes remodelou as instituições políticas.
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A Bulé (o Conselho dos Quatrocentos, criado por Sólon) passou a ter quinhentos membros, à razão de cinqüenta por tribo, escolhidos por sorteio. Tornou se um importante órgão político: cuidava da administração, elaborava leis a serem discutidas na Eclésia (Assembléia do Povo) e cumpria funções judiciárias.
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O Arcontado, ou magistratura suprema, passou a ter dez arcontes, um por tribo.
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Foram criadas dez unidades de infantaria hoplita e dez esquadrões de cavalaria, cujo comando foi entregue a dez estrategos (generais), eleitos à razão de um por tribo.
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Foi instituído o ostracismo, que consistia no exílio por dez anos de cidadãos considerados nocivos à ordem pública. Considerada um recurso para neutralizar a tirania, a pena do ostracismo precisava ser votada na Eclésia, e o cidadão a ela condenado conservava os seus bens, além de sua família não ser obrigada a acompanhá-lo no exílio.
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Duas instituições não sofreram alterações: a Eclésia e o Areópago
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