que forma a epidemia da varíola foi tirada lá pelo português como forma genocídio das populações indígenas que aqui viviam
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A varíola, até sua plena erradicação, na década de 1970, ocupou no quadro epidemiológico mundial lugar de expressão, difundindo-se indiscriminada e violentamente. Trata-se de uma doença hoje aparentemente inócua, mas que ao longo de séculos dizimou populações deixando marcas físicas e sociais indeléveis.
Várias foram as tentativas de controlar sua expansão, desde as práticas empíricas de inoculação da própria doença — conhecida como variolização — até a produção, em larga escala, da vacina, sustentada pelo desenvolvimento de um profundo conhecimento de microbiologia e imunologia e por importantes descobertas técnicas, com destaque para a microscopia eletrônica. No final do século XVII, a partir dos testes relativos à possível proteção natural contra a varíola elaborados por Jenner, chegou-se ao aprimoramento do método experimental das ciências biomédicas, à identificação do agente da varíola e da vacina antivariólica e à elucidação do ‘mecanismo imunitário’ que as envolve.
Após intensa polêmica travada ao longo de séculos, em torno dos métodos de combate à doença, alcançou-se, com sua erradicação, o controle absoluto do vírus e sua preservação fora do organismo humano, em frascos de laboratório. Elucidou-se a diferença entre a varíola e a vacina antivariólica, hoje compreendidas como duas doenças similares, englobadas num ‘complexo’ denominado ‘varíola-vacínia’ (Bier, 1975; Angulo, 1982).
Apesar de tratar-se de uma doença erradicada mundialmente na década de 1970, a varíola vem provocando polêmica entre especialistas em decorrência da proposta de extermínio do vírus que, desde a erradicação da doença, está conservado em dois importantes laboratórios. Se, por um lado, a preservação do vírus — mesmo cercado de forte esquema de segurança — simboliza um risco para o homem, por outro, seu extermínio expressa a primazia do ser humano sobre todas as formas vivas. A discussão sobre esse assunto — que, aparentemente, tende para o extermínio como solução — envolve interesses diversos em fóruns diferentes de debate, tais como segurança bélica mundial, bioética e a própria virologia, que vem utilizando esse vírus para os estudos sobre a Aids.
Se atualmente a questão envolve o destino de um microrganismo prisioneiro, em outros momentos, o problema era descobrir como impedir que ele se difundisse pelo mundo e debelasse grande parcela da população humana, conforme ocorreu em conseqüência de várias epidemias.
eu acho que é esse mas espero ter ajudado ❤️