História, perguntado por Alemirandaregis, 1 ano atrás

Que fatores levaram Portugal e Espanha a ser pioneiros nas expedições ultramarinas européias ?

Soluções para a tarefa

Respondido por gbrufiniot5bur
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- Centralização política, Formação dos Primeiros Estados Nacionais (Estados politicamente fortes)

 Portugal era um dos reinados que compunham a região que viria a ser Espanha. Por conflitos entre o rei e nobreza, estes se separaram e tornaram-se reino independente.


Em 1835 a Revolução de Avis, pedindo pelo retorno do rei centralizou o poder nas mãos do monarca antes do que qualquer outro. (As outras potencias – França, Inglaterra, Espanha- estavam em guerra ou seu poder não estava exatamente centralizado). Portugal era assim o 1º Estado com um poder fortemente nas mãos do rei.


- Localização geográfica favorável  

Espanha estava sob domínio dos Mouros. Espanha era a única fronteira de Portugal por via terrestre. Assim, para poder ter contato com outros povos (e poder comerciar com eles)tinham que encontrar outros caminhos.

Alem do mais, se localiza na ponta extrema – esquerda da Europa, com todo mar Atlântico a sua esquerda e a Africa ao sul (as primeiras navegações foram ate a Africa e iam descendo pela sua costa. Assim foram aprendendo e acreditando na possibilidade de se jogarem ao mar).


- Escola de Sagres, pesquisas e estudos nauticos

Essa empreitada era muito arriscada, exigia grandes investimentos. Os investidores (mercadantes [“burgueses”) esperavam ter seu dinheiro de volta e uma renda.


O rei apoiava esse grupo e essa vontade de buscar produtos e renda em outros espaços e buscava ampliação de seu poder e formar um Império. A igreja apoiava a extensão das “Cruzadas”


Alem disso, técnicas e ferramentas já vinham sendo desenvolvidas por navegadores de diversas espécies. Esses conhecimentos foram centralizados na Escola de Sagres principalmente e navegadores, independentemente da origem, adquiriam conhecimentos importantes para a navegação, como cartografia, geografia e astronomia.


- Busca de um rota marítima para Indias pelo Ocidente (Portugal)

O Oriente era a grande fonte de produtos valiosos para a Europa. Entre eles, as especiarias.

 

A rota por terra estava sob domínio de determinados povos alem de passar por regiões de conflito. As rotas marítimas conhecidas estavam sob poder dos florentinos e genoveses (Italia) .

 

Para alcança-lo restava descobrir um novo caminho. Bartolomeu Dias em 1488 contornou o Cabo da Boa Esperança. Vasco da Gama alcançou as Indias Pedro Alvares Cabral partiu em busca de comercializar em larga escala. Cristovao Colombo,apoiado pela monarquia espanhola, buscou o caminho das Indias via oeste e “descobriu”o que viria a ser o continente americano.

 

Dentro desse processo todo, a Espanha tinha grande contato com Portugal e a Escola de Sagres. Houveram inúmeros navegantes espanhóis prestando serviços em esquadras portuguesas, florentinas entre outras. Seu atraso maior se deveu à conquista moura de seu território (que durou um século), cuja “Guerra de Reconquista” foi também um processo de unificação do poder monárquico. Poder centralizado, contato com conhecimentos e cultura de navegação, grande saída para o mediterrâneo e norte da Africa.


E a Espanha? 

Assim que os reis católicos espanhóis centralizaram seu poder, cederam a Cristovao Colombo o necessário para sua busca, entrando de vez na dinâmica das Grandes Navegações.


Até então de posse portuguesas, a entrada da Espanha nas Grandes Navegações fez com que surgisse um problema quanto às terras descobertas, desembocando nos tratados e acordos de divisão da terra que chegarão ao Tratado de Tordesilhas.

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