que celulas sao responsáveis pela remodelação óssea estimulada pela musculação?
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O tecido ósseo é uma estrutura sólida que protege nossos orgãos vitais, age como um local para fixação do tendões e músculos, tem a função de agir como reservatório para os íons cálcio e fósforo, e principalmente, abriga em sua parte medular toda a “fábrica” de nosso sistema sangüíneo e parte do imunológico.
O osso é um tecido vivo composto de diferentes tipos de células. Duas delas têm papel fundamental no seu metabolismo: os osteoclástos, célula multinucleada com função de reabsorção óssea, formada a partir de suas células precursoras (os pré-osteoclastos) originadas da linhagem mesodérmica; e os osteoblastos, células com capacidade de formar osso, que são formadas a partir das suas células precursoras (pré-osteoblastos), cuja origem é ectodérmica.
Um dos processos mais interessante no corpo humano é a chamada remodelação óssea, funciona como se tivessemos uma parede com uma parte envelhecida e sem reboco, neste ponto entra os pedreiros de remoção da área estragada (osteoclastos) e em seguida os pedreiros com material novo (osteoblastos) deixando a parede nova e integra.
Os osteoclastos secretam ácido clorídrico e enzimas proteolíticas para remover o osso envelhecido e, os osteoblastos, então, fazem a deposição de nova matriz óssea. Todo esse processo dura de 5 a 10 dias. Uma vez formada a matriz estrutural básica, ocorre o processo de mineralização, que é mais lento.
A osteoporose ocorre, geralmente, como resultado do processo anormal na remodelação óssea, por vários motivos, nas mulheres, destacando-se, a pós-menopausa (diminuição da função ovariana e deficiência do estrogênio) e o envelhecimento, quando aumenta o grau de destruição e diminui o de formação, ocasionando o adelgaçamento dos ossos, tornando-os quebradiços.
Esta doença atinge um quarto das mulheres do mundo e é responsável por 60 a 70% das fraturas de que são vítimas depois dos 60 anos. A osteoporose e as suas conseqüentes fraturas contribuem para a péssima qualidade de vida das idosas.
As verdadeiras causas da osteoporose ainda são desconhecidas, porém já se conhecem alguns fatores de risco aumentam a probabilidade de seu desenvolvimento, tais como, diminuição dos estrogênios, baixa ingestão de cálcio, sedentarismo, falta da força gravitacional (osteoporose dos astronautas), uso corticosteroides.
A osteoporose progride sem ser notada por muitos anos, e nas sintomáticas, apresenta além das dores, perda de altura corporal, arredondamento dos ombros e postura encurvada ou “corcunda” (figura).
As mulheres têm 4 vezes mais chance de desenvolverem osteoporose do que os homens, pelas seguintes razões: Os ossos femininos são mais finos e leves. As mulheres vivem mais do que os homens, sofrem perda rápida de massa óssea na menopausa, devido à queda do estrogênio, e um fator de extrema importância é o pico de massa óssea, ou seja, a quantidade de massa óssea que a menina consegue acumular até a fase de puberdade, o que lhe dará uma reserva para perdas futuras. É fato conhecido, que os meninos adquirem mais massa óssea, pelos exercícios competitivos e maior ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D, que as meninas, dai a suposição que os homens tenham maior reserva de massa óssea e menor tendência a osteoporose, que as mulheres.
O risco ainda aumenta nas mulheres que:
• Entram na menopausa antes dos 45 anos de idade, o que vale tanto para a menopausa natural como para a conseqüente da retirada dos ovários por cirurgia;
• Ter menstruações irregulares ou ausência de menstruação;
• Mulheres magras e de compleição pequena;
• Brancas ou orientais;
• As mulheres negras apresentam menor risco de osteoporose;
• Falta de atividade física, especialmente caminhadas e musculação.
O diagnóstico de osteoporose é feito através de exames de densitometria óssea, que afere com precisão o grau de densidade da massa óssea.
Os métodos de prevenção são simples: uma dieta balanceada rica em cálcio e suplementação de cálcio se necessário, exercícios diários (principalmente de impacto, que estimulam a renovação de células ósseas), postura adequada e banhos de sol diários, para a produção de vitamina D, responsável por fixar cálcio nos ossos.