Quando se fala em África, muitas vezes, se associa a palavra à questão racial. Da mesma forma que a maior parte de nossa história foi contada sob uma visão eurocentrista, a visão afrocentrista também sofre de um mal entendido. Mal entendido que é enxergar toda uma identidade como se fosse uma categoria uniforme, uma coisa prosaica, que pode ser reduzida. Essa visão reduz e simplifica a diversidade e a complexidade do continente, e das pessoas de lá originárias, uma vez que fica implícito que o “ser” africano não deriva de uma história, mas da genética. Com relação a palavra eurocentrista entendemos:
Soluções para a tarefa
. Eurocentrismo corresponde a uma expressão que emite a ideia do mundo como um todo de que a Europa e seus elementos culturais são referência no contexto de composição de toda sociedade moderna.
O termo "eurocentrismo" denota uma visão de mundo que, implícita ou explicitamente, coloca a história e os valores europeus como "normais" e superiores a outros, ajudando assim a produzir e justificar a posição dominante da Europa no sistema mundial capitalista global. Os críticos latino-americanos, em particular, forneceram análises do eurocentrismo que vinculam sua dimensão epistemológica, que é o conhecimento eurocêntrico, a aspectos econômicos, como a organização do capitalismo global e a exploração econômica.
No coração do eurocentrismo, encontra-se uma maneira binária de pensar que constrói uma identidade européia branca, progressista, moderna e civilizada e a justapõe a outro negro / indígena, subdesenvolvido, tradicional e bárbaro nas colônias. A organização contínua do poder nesse sentido, tanto em nível transnacional quanto dentro das sociedades, é o que pode ser chamado de “colonização do poder”
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