"Quando muito moço, muito jovem, eu fui aos mangues do Recife, aos córregos do Recife, aos morros do Recife, às zonas rurais de Pernambuco trabalhar com os camponeses, com as camponesas, com os favelados. Eu confesso, sem nenhuma churumingas, eu confesso que fui até lá movido por uma certa lealdade ao Cristo de quem eu era mais ou menos camarada. Mas o que acontece é que, quando eu chego lá, a realidade dura dos favelados, a realidade dura do camponês, a negação do seu ser como gente, a tendência àquela adaptação, aquele estado quase inerte diante da negação da liberdade... Aquilo tudo me remeteu a Marx. Eu sempre digo, não foram os camponeses que disseram a mim: Paulo, tu já lestes Marx? Não, de jeito nenhum. Eles não liam nem jornal! Foi a realidade deles que me remeteu a Marx. E eu fui a Marx". (Paulo Freire, última entrevista, realizada em 17 de abril de 1997, à Luciana Burlamaqui) O nosso fórum, inspirado na entrevista de Paulo Freire no texto acima, visa analisar o modo como se estabelece a relação entre política, educação e emancipação no pensamento. Esta atividade sugere que reflitamos e compartilhemos com os colegas: - o potencial libertador e emancipatório da prática educativa; - que não significa que a prática educativa transforme por si só a realidade; - que ela pode contribuir para a ampliação da compreensão do mundo dos agentes que nela estão envolvidos.
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O potencial libertador e emancipatório da prática educativa está pautado no desenvolvimento da capacidade interpretativa, reflexiva e crítica de cada indivíduo, resultando na maior autonomia e protagonismo dos mesmos.
Com isso, de acordo com a tendência pedagógica libertadora de Paulo Freire, estes métodos também redirecionam o papel do educador, visto que passa a atuar como mediador do processo de conhecimento.
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