Quando e como começaram os desfiles de salão e de rua de carnaval no Brasil?
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Na verdade, essa história começou muito, mas muito antes do Brasil ser Brasil. Ela tem início lá na Antiguidade, com os gregos, hebreus e romanos, mas com uma cara e um objetivo totalmente diferentes do carnaval como conhecemos: as festas, que aconteciam entre novembro e dezembro, eram promovidas para comemorar o sucesso nas colheitas e homenagear as divindades – sempre com muita bebida e muita comida.
Com a chegada da Idade Média, a festa passou a ser incorporada ao calendário cristão pela Igreja e ganhou uma nova data, mais próxima do começo do ano. Ela virou uma espécie de despedida da privação de comer carne até a Sexta-Feira Santa – já que depois desses dias era hora da Quaresma, os 40 dias sem comer carne que antecedem à Páscoa.
A partir daí começaram a surgir alguns bailes de máscara, especialmente na Itália, durante o século XVIII – mas eram festividades mais restritas à realeza. Foi nesse momento em que as fantasias de carnaval começaram a aparecer. Com a chegada do século XIX, a festa perdeu esse caráter mais restrito e tornou-se popular em toda a Europa – e assim surgiram o Pierrô, o Arlequim e a Colombina, personagens tradicionais do teatro popular italiano e que podem ser encontrados até hoje nos bailes de carnaval e blocos de rua. Já a França deu o pontapé inicial nos desfiles de rua.
Da Europa para o Brasil, foi um pulo: o Carnaval veio na mala dos portugueses e começou a ser festejado aqui por volta do século XVII. A princípio, era uma festa chamada Entrudo – um evento mais “bagunçado”, com guerras de água, farinha e limões de cheiro, e que, muitas vezes, podia ultrapassar o limite da brincadeira e se transformar em algo bem violento – tanto que acabou sendo proibida por volta de 1840.
Com isso a festa ganhou ares mais europeus e passou para os salões de baile. Mas nada no mesmo tom que conhecemos agora, já que naquela época até ópera tinha na trilha sonora do carnaval.
A coisa só começou a tomar as formas do que conhecemos hoje com a criação da primeira marchinha, em 1899, por Chiquinha Gonzaga. A canção chamava-se “Ó abre alas” e foi feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Depois surgiram novos compositores, como Braguinha, Haroldo Lobo e Lamartine Babo, e as marchinhas – e o próprio samba – começou a se popularizar por volta da década de 1920.
Paralelo a tudo isso, começou a surgir também os primeiros blocos carnavalescos, os cordões e os famosos cortejos de automóveis (corsos). As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e saíam para desfilar em grupo pelas ruas das cidades – e foi assim que nasceu o carro alegórico.
A primeira escola de samba foi criada no Rio de Janeiro, em 1928. Seu nome era “Deixa Falar” e, anos depois, mudou para a já conhecida Estácio de Sá. Isso trouxe um novo modelo para o carnaval de rua, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com isso surgiram novas escolas de samba – que, organizadas em ligas, passaram a disputar campeonatos e se transformaram nessa grande festa dos desfiles de carnaval – tanto que o carnaval do Rio de Janeiro entrou para o Guinness Book (o livro dos recordes) como o maior carnaval do mundo.
Mas nossa participação carnavalesca no Guinness Book não se resume a isso: em 1995 foi a vez do Galo da Madrugada – um bloco carnavalesco que sai todo sábado de carnaval na cidade do Recife – entrar para o livro como o maior bloco de carnaval do mundo.
Aliás, há muito carnaval a ser aproveitado fora do eixo Rio-São Paulo. A Região Nordeste, por exemplo, segue firme e forte nas tradições originais do carnaval de rua. Olinda tem seus blocos e o tradicional desfile dos bonecos gigantes. O carnaval na Bahia, por exemplo, é animado por trios elétricos, com músicas dançantes e muito axé. Diversão é o que não falta.
Fonte: tudo.extra.com.br
Recomendo que veja esse vídeo.
https://youtu.be/3hlPQiTB2fs
Com a chegada da Idade Média, a festa passou a ser incorporada ao calendário cristão pela Igreja e ganhou uma nova data, mais próxima do começo do ano. Ela virou uma espécie de despedida da privação de comer carne até a Sexta-Feira Santa – já que depois desses dias era hora da Quaresma, os 40 dias sem comer carne que antecedem à Páscoa.
A partir daí começaram a surgir alguns bailes de máscara, especialmente na Itália, durante o século XVIII – mas eram festividades mais restritas à realeza. Foi nesse momento em que as fantasias de carnaval começaram a aparecer. Com a chegada do século XIX, a festa perdeu esse caráter mais restrito e tornou-se popular em toda a Europa – e assim surgiram o Pierrô, o Arlequim e a Colombina, personagens tradicionais do teatro popular italiano e que podem ser encontrados até hoje nos bailes de carnaval e blocos de rua. Já a França deu o pontapé inicial nos desfiles de rua.
Da Europa para o Brasil, foi um pulo: o Carnaval veio na mala dos portugueses e começou a ser festejado aqui por volta do século XVII. A princípio, era uma festa chamada Entrudo – um evento mais “bagunçado”, com guerras de água, farinha e limões de cheiro, e que, muitas vezes, podia ultrapassar o limite da brincadeira e se transformar em algo bem violento – tanto que acabou sendo proibida por volta de 1840.
Com isso a festa ganhou ares mais europeus e passou para os salões de baile. Mas nada no mesmo tom que conhecemos agora, já que naquela época até ópera tinha na trilha sonora do carnaval.
A coisa só começou a tomar as formas do que conhecemos hoje com a criação da primeira marchinha, em 1899, por Chiquinha Gonzaga. A canção chamava-se “Ó abre alas” e foi feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro. Depois surgiram novos compositores, como Braguinha, Haroldo Lobo e Lamartine Babo, e as marchinhas – e o próprio samba – começou a se popularizar por volta da década de 1920.
Paralelo a tudo isso, começou a surgir também os primeiros blocos carnavalescos, os cordões e os famosos cortejos de automóveis (corsos). As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e saíam para desfilar em grupo pelas ruas das cidades – e foi assim que nasceu o carro alegórico.
A primeira escola de samba foi criada no Rio de Janeiro, em 1928. Seu nome era “Deixa Falar” e, anos depois, mudou para a já conhecida Estácio de Sá. Isso trouxe um novo modelo para o carnaval de rua, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com isso surgiram novas escolas de samba – que, organizadas em ligas, passaram a disputar campeonatos e se transformaram nessa grande festa dos desfiles de carnaval – tanto que o carnaval do Rio de Janeiro entrou para o Guinness Book (o livro dos recordes) como o maior carnaval do mundo.
Mas nossa participação carnavalesca no Guinness Book não se resume a isso: em 1995 foi a vez do Galo da Madrugada – um bloco carnavalesco que sai todo sábado de carnaval na cidade do Recife – entrar para o livro como o maior bloco de carnaval do mundo.
Aliás, há muito carnaval a ser aproveitado fora do eixo Rio-São Paulo. A Região Nordeste, por exemplo, segue firme e forte nas tradições originais do carnaval de rua. Olinda tem seus blocos e o tradicional desfile dos bonecos gigantes. O carnaval na Bahia, por exemplo, é animado por trios elétricos, com músicas dançantes e muito axé. Diversão é o que não falta.
Fonte: tudo.extra.com.br
Recomendo que veja esse vídeo.
https://youtu.be/3hlPQiTB2fs
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