Quando começa a modernidade?
Tanto as Ciências Sociais quanto a Filosofia consideram que é praticamente impossível estabelecer um marco histórico e dizer “e aqui começou a modernidade”. Porém, há alguns fatores históricos que marcam essa virada epistemológica que vai transformar as relações sociais no mundo inteiro.
Os principais fatores são:
A Revolução Industrial: com o aperfeiçoamento do motor a vapor, em 1777, por James Watt, que identificou falhas nos motores anteriores, que demoravam muito para aquecer, ao introduzir dois cilindros na máquina. A partir disso, toda a noção de tempo, trabalho e lucro seria transformada profundamente.
Tal transformação do tempo e espaço a partir do trabalho permanece até hoje.
A Revolução Francesa: período revolucionário que explodiu no dia 5 de maio de 1789 e que derrubou a monarquia francesa e questionou todos os valores éticos e morais. É a partir desse marco que valores como igualdade, liberdade, fraternidade (esses se tornam o lema da Revolução Francesa) passam a ocupar o vocabulário popular. Esse momento foi importante para criar as bases daquilo que entendemos como
Estado, participação, voto, representatividade, enfim, uma série de valores políticos que ainda hoje são discutidos.
A razão: a modernidade no campo das ciências humanas e exatas tem o seu fundamento com René
Descartes, a partir de sua frase mais conhecida “Cogito, ergo sum” ou “Penso, portanto sou”. Para os tempos atuais e de massificação de frases a partir dos memes, hoje, essa sentença pode parecer banal, porém, na época, Descartes trazia a razão para o centro do raciocínio, frente ao pensamento metafísico imposto pelas religiões. Tal virada epistêmica ficou conhecida como Racionalismo.
Essa mudança de pensar, empreendida por Descartes, ocorreu na primeira metade do século XVII, ou seja, antecedeu e influenciou as revoluções francesa e industrial e todo pensamento posterior.
Portanto, esses três momentos marcam uma nova etapa na maneira de organizar o pensamento e de olhar sobre o mundo, logo, são eles que fundam a modernidade e, de uma maneira ou de outra, ainda hoje continuam a influenciar os debates.
Por exemplo, as sociedades ainda são organizadas pelo tempo e calendário do trabalho, fator que surge com a modernidade a partir do século XVIII e permanece até hoje.
O outro lado da modernidade
Se por um lado a modernidade é esse tempo histórico que se inicia com profundas transformações nas mentalidades, na maneira de pensar o mundo, o tempo – que passa a ser controlado pelo trabalho -, é também neste momento que temos o aprofundamento da hierarquização das raças e a construção daquilo que conhecemos como Europa enquanto o centro do mundo e valor moral, fazendo do resto do mundo apenas espaços de reprodução do conhecimento produzido na Europa, ou seja, é na modernidade que o racismo e o tempo arcaico são inventados.
Uma das marcas da modernidade é a dominação do homem sobre o homem e isso se deu de variadas maneiras: colonização, escravização e guerras. Esta última teve dois auges: a I e a II Guerra Mundial, que também trouxe a outra grande marca da modernidade: a barbárie. Tanto a primeira quanto a segunda guerra mundial marcaram profundamente e fizeram com que artistas e políticos passassem a dedicar uma vida contra as guerras ou refletir sobre as mazelas construídas pela ganância humana.
A hierarquia das raças e a colonização de países fez também com que outra questão surgisse: povos modernos (no sentido estético e histórico) e os povos arcaicos, também no sentido estético e histórico.
Esse tipo de divisão do planeta e da história tem sido questionado nos últimos 40 anos por duas correntes de pensadoras e pensadores das Ciências Humanas: os Estudos da Subalternidade e os Estudos Descolonizais, que têm questionado e abandonado essa divisão binária da história entre modernos e arcaicos.
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Nós somos modernos? Você se considera moderno? E por fim: E o Brasil, é um país moderno?mim ajudeeem poooor faaavoooor!
Soluções para a tarefa
Resposta:
essa resposta é pessol mas eu daria sim para tudo
A Idade Moderna foi um período específico da História do Ocidente que se inicia no final da Idade Média em 1453 d.C.. Embora os limites cronológicos sejam objeto de debate, a linha temporal deste período estende-se do final do século XV até à Idade das Revoluções no século XVIII; muitos historiadores assinalam o início desta idade na data de 29 de maio de 1453, quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, incluindo assim o Renascimento e a Era dos Descobrimentos (incluindo as viagens de Colombo que começaram em 1492 e a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498), e data de término com a Revolução Francesa no dia 14 de Julho de 1789.
Historiadores à escala mundial nas décadas mais recentes têm argumentado que de uma perspectiva mundial, a característica mais importante que deu início à idade moderna foi a globalização.[1] Este período da história moderna está caracterizado pela exploração e colonização do Continente Americano e o estabelecimento de contatos sólidos entre civilizações espalhadas pelo mundo. As potências mundiais envolveram-se umas com as outras através do comércio, à medida que bens, plantas, animais e alimentos viajavam do Velho Mundo para o Novo Mundo e vice-versa.
Novas economias e instituições emergiram, tornando-se mais sofisticadas e globalmente articuladas à medida que o tempo foi passando. Este processo começou nas cidades-estado medievais do norte da Itália, particularmente Génova, Veneza e Milão. Este período da história humana também inclui o estabelecimento de uma teoria econômica dominante, o mercantilismo. A colonização europeia dos continentes americano, asiático e africano ocorreu desde o século XV até ao século XX, disseminando a religião cristã por todo o mundo.
As tendências em diversas regiões do mundo durante a idade moderna apresentam uma mudança daquilo que havia sido ao longo de séculos a organização, a política ou a economia. O feudalismo foi posto de lado na Europa, ao mesmo tempo que este período viu também a Reforma Protestante, a desastrosa Guerra dos Trinta Anos, a Revolução Comercial, a colonização europeia do continente americano, a Era Dourada da Pirataria e o início da Idade das Revoluções, que para além de ter ocorrido a Revolução Industrial, trouxe também a ocorrência de grandes revoluções políticas e sociais como a francesa e a norte-americana.