quando a estratégia de defesa pessoal da capoeira foi proibida, o que os escravos angolanos fizeram para resistir ?
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Explicação:
eram proibidos de praticar qualquer tipo de luta, a música foi utilizada como uma maneira de disfarce, dessa maneira ela poderia ser percebida como uma dança. Além disso, acredita-se que a prática da capoeira tinha como objetivo aliviar o estresse do trabalho e manter tradições africanas.
A prática da capoeira permitiu o condicionamento físico, a agilidade e o desenvolvimento dos sentidos. Desprovidos de outras armas, foi a partir dos golpes e dos movimentos de defesa da capoeira, ou seja, do próprio corpo, que esses escravos resistiam à bruta violência praticada pelos senhores do engenho, capitães do mato e feitores. Acredita-se que o nome capoeira seja derivado dos locais onde a capoeira era praticada, áreas de clareira ou mato ralo, no meio da mata. José de Alencar, em seu livro Iracema, sugere que o termo tenha origem tupi: caa-apuam-era, ilha de mato já cortado.
Para livrar-se das atrocidades, violências e trabalhos forçados, os escravos fugiam das fazendas para os quilombos, estes eram assentamentos formados pelos negros que conseguiam escapar dos capitães do mato e formavam comunidades, onde poderiam viver livremente. Além dos negros, encontravam-se nos quilombos outras etnias, como indígenas ou qualquer pessoa que estivesse fugindo das leis repressoras daquela sociedade.
Os quilombos, como pode-se imaginar, eram alvos constantes dos portugueses, que desejavam capturar os escravos fugitivos. A capoeira, nesses casos, era usada como arma contra os ataques. O mais famoso desses assentamentos foi o Quilombo dos Palmares, que durou mais de um século e teve mais de 30 mil habitantes. O líder desse quilombo era Zumbi, um guerreiro que, apesar de nunca ter sido escravo, lutou pela libertação dos negros das mãos dos portugueses.