Qual sua opinião sobre a crise na venezuela
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A morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, em março de 2013, colocou nas mãos de seu vice, Nicolás Maduro, um projeto de governo distinto, complexo e indefinido para a Venezuela. Desde então, o país exibe uma fratura social profunda entre os defensores do chavismo e seus oposicionistas, aprofundando a crise institucional e econômica.
No panorama político, cada um dos lados obteve uma vitória: em 2013, trinta dias após a morte de Chávez, Maduro, motorista de ônibus na capital Caracas, foi eleito presidente com 50,61% dos votos, cerca de 230 mil a mais que Henrique Capriles, líder da oposição. Seu mandato vai até 2019. As manifestações contrárias ao presidente pediam, até o final do ano passado, uma emenda constitucional para encurtar seu mandato ou para retirá-lo do cargo.
Em 2015, o chavismo perdeu a maioria no Leg
'Até aquele momento, existia a percepção de crise, mas o país estava em funcionamento. É impossível um governo se mantPara tentar compreender a situação política venezuelana, Calle2 procurou quatro especialistas de diversos países para responder as mesmas perguntas:
Fernando Spiritto, professor doutor de Política e Economia da Universidade Andrés Bello (Venezuela); Marcelo Azurduy, professor doutor da Universidade Mayor de San Andrés (Bolívia); Igor Fuser, professor doutor do curso de Relações Internacionais da UFABC (Brasil); e Wagner Iglecias, professor doutor do programa de pós-graduação em integração da América Latina da USP (Brasil). Leia a seguir os principais trechos das respostas dadas por cada um deles às questões levantadas por Calle2.
Nicolás Maduro ainda tem condições de governar a Venezuela?
Fernando Spiritto – Nicolás Maduro é líder de um projeto fracassado. Onde quer que se veja, em qualquer setor da economia e da sociedade, a revolução bolivariana deixou er quando o Executivo vai para um lado e o Legislativo para outro', explica Rodolfo Nariño, professor de Ciência Política da Universidad Central de Caracas, a maior do país.
Em março deste ano, no auge do conflito institucional, o Executivo chegou a transferir as funções do parlamento para a Suprema Corte do país, num gesto criticado por órgãos internacionais e por correntes do próprio chavismo. Em abril, a Venezuela anunciou sua saída da Organização dos Estados Americanos, uma das alianças mais antigas do continente. Em dezembro de 2016, o país foi suspenso do Mercosul por decisões de Argentina, Brasil e Paraguai.
No panorama político, os dados sobre a situação venezuelana costumam ser utilizados para fins ideológicos de um dos lados ˗ o governo não divulga e as entidades paralelas utilizam métodos duvidosos.islativo, quando a Mesa de la Unidad Democratica (MUD) elegeu 99 deputados, contra 46 do partido do presidente.