História, perguntado por Maria1234er, 1 ano atrás

Qual ou quais concepções de história são aceitas na atualidade

Soluções para a tarefa

Respondido por enricopsb
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Em março de 2009 o professor de teoria da história da

Universidade Federal de Minas Gerais, José Carlos Reis, ministrou

na Universidade de Brasília a conferência !",

para a sessão de perguntas. Uma das questões foi realizada

pela doutoranda Ana Carolina Barbosa Pereira, cujas pesquisas

na graduação, mestrado e doutorado referem-se à teoria da

história. Para evitar reformulações indesejadas, transcrevi o trecho

gravado no qual há a pergunta e a resposta, respectivamente.

Doutoranda – Considerando que nas décadas de 70 e 80, no

esquecida, minha pergunta é: como a teoria da história vem sendo

tratada pós-89 no Brasil.

Palestrante – Mas ela não foi esquecida não, Carolina, ela era ligada

aos Annales e era ligada ao marxismo, e a questão do marxismo era

muito forte, e a dos Annales também era muito forte. Mas os Annales

sempre estimularam as questões empíricas, sempre recusaram

muito a questão epistemológica, porque era considerada uma

discussão vazia... E é um ponto de vista que se tornou vencedor aqui

no Brasil e há uma certa resistência aqui, na nossa comunidade de

historiadores, a questão teórica. E eu acho isso com uma implicação

enorme. É claro que eu não estou dizendo que todo mundo tem

de abandonar a história e ir fazer teoria da história. Estou dizendo

que é importante a contribuição da teoria da história para a prática

da história. Não dá para prestigiar um e desprestigiar o outro. Não

faz parte da discussão da teoria da história. Não dá para evitar.

Não se faz uma prática competente sem uma discussão da sua  

História e Perspectivas, Uberlândia (46): 365-400, jan./jun. 2012

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atividade, de quem faz a ação, do historiador. A prática da história

resistência natural com a teoria da história; são poucas pessoas

que fazem [...] Qual é a função da teoria da história? Eu acho que

teoria da história só faz quem é inteligente, modéstia à parte [...]

Inteligente no sentido crítico, sabe e discute o que está fazendo...

Você tem que saber a resposta, você tem que legitimar o que você  

fez, porque é uma construção, não é intuitiva... Só intuitiva. Então,

a teoria da história antes era mais praticada do que hoje. Hoje, há

uma radicalização maior na prática, na pesquisa concreta. Mas, eu

digo a vocês, uma pesquisa concreta sem discussão, perde muito

em qualidade. 3

A resposta do professor José Carlos Reis, sem dúvida,

poderia ser desdobrada em uma série de questões. No entanto,

vou me concentrar no que considero uma aparente divergência

entre a resposta do professor e a pergunta da doutoranda. Trata-se

de uma aparente divergência, pois, de fato, o professor responde

que não houve um relativo esquecimento da teoria da história nas

décadas de 1970 e 1980 no Brasil, ao passo que a doutoranda

afirma, por meio da pergunta que sim: há, portanto, uma

discordância de posições. Todavia, ela é apenas aparente, pois

da conferência na íntegra. Ana Carolina Pereira compreende que

houve um esquecimento da teoria porque está se referindo ao que

pode ser entendido como epistemologia da história; o professor

José C. Reis, por sua vez, tem um entendimento diferente, pois

se refere à teoria da história como uma “caixa de ferramentas”

que auxiliam os historiadores na construção, caracterização e

explicação do seu objeto de análise.

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