qual os tipos de bioindicadores
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Como mencionado acima, certas mudanças no ambiente podem afetar processos que ocorrem dentro dos indivíduos, que por sua vez podem servir como bioindicadores. Um exemplo são as trutas da espécie Oncorhynchus clarkii, que habitam riachos de águas frias nos Estados Unidos. Indivíduos dessa espécie toleram temperaturas máximas entre 20 e 25ºC. Acima dessa faixa, produzem uma proteína que tem como função proteger as funções vitais celulares do estresse térmico. A quantidade dessa proteína pode ser usada para medir quanto o ambiente foi alterado, já que o aumento da temperatura da água nesses riachos está relacionado a diversas atividades humanas, como pastoreio, queimadas e exploração madeireira.
Macroinvertebrados bentônicos são bastante utilizados como bioindicadores de qualidade de água por serem de fácil amostragem (são geralmente sésseis ou de pouca mobilidade, além de serem grandes), possuírem ciclos de vida longos e serem extremamente sensíveis a diferentes concentrações de poluentes.
Já os líquens são extremamente sensíveis à poluição atmosférica, sendo considerados bons indicadores da qualidade do ar.
Mesmo a presença ou a abundância de determinadas espécies num ambiente podem ser um indicativos de sua qualidade. As chamadas aves cinegéticas, em geral das famílias Tinamidae, Cracidae, Columbidae e Anatidae, são um exemplo. Essas aves são comumente grandes, possuem voo limitado, e nidificam no chão, sendo portanto alvos fáceis para caçadores. Se essas aves são abundantes numa determinada área, é um bom indicativo de que a pressão de caça não é intensa na região. Outros grupos, como mamíferos, borboletas, plantas, etc., podem ser indicativos da qualidade de preservação de florestas.