Qual o tema do Não aceite o Cyberbullying
Não aceite o Cyberbullying
Também chamado de bullying virtual, o cyberbullying se caracteriza pelo uso de meios tecnológicos para ofender, denegrir, acusar, maltratar e mentir com a falsa ilusão do anonimato e a covardia para agredir sem a responsabilidade pelo ato em si.
A atual geração, nascida após os anos 90, não conhece o mundo sem o uso da internet, do celular e sem a relação virtual que estabelece com o outro.
Neste contexto vemos poucos investimentos na preparação e na educação das crianças e dos adolescentes pela família e pela escola para o uso correto destes recursos que estão a todo o momento diante de olhos ávidos por novidades e acessíveis para a grande maioria.
O que vemos circular socialmente é que a internet invadiu as casas e as escolas e se tornou ao mesmo tempo sinônimo de progresso e de lugar onde se encontram as mais diversas informações e onde também se correm os maiores perigos.
Gostaríamos de ajudar na reflexão esclarecendo que o uso da internet deixou há muito de ser uma opção e hoje é quase uma necessidade. Lembro-me bem que até a década de 80 as discussões se davam em relação ao acesso à comunicação através da televisão, que foi chamada de “babá eletrônica” por muitos especialistas.
A internet hoje, além de oferecer informações como a televisão, abre a possibilidade para a interação e, diante disto, possibilita e requer um novo olhar para seu uso. A orientação para seu uso correto deve ser precedida pela orientação para uma convivência saudável em sociedade e para os riscos e perigos que existem no mundo real.
Se os pais orientam para que seus filhos não conversem com estranhos em lugares públicos, devem orientar também para que não o façam virtualmente. Se orientarem para não colocar apelidos, ofender e mentir para aqueles com quem convivem no dia a dia, também não podem fazê-lo através de e-mails ou redes de relacionamento.
O princípio de respeito é o mesmo. O que diferencia é a possibilidade do anonimato. E esta é uma preocupação bem maior, porque traz em seu contexto a fragilidade na formação do caráter do indivíduo que se esconde e se fortalece na irresponsabilidade e na dificuldade em assumir seus atos.
Percebo em algumas situações a busca de alguns para o que costumo definir com a “teoria do avestruz”, na qual se justifica o ato dizendo que em casa não tem computador ou que o horário de uso é inteiramente acompanhado pelo responsável.
Uma das características mais marcantes da adolescência é o ímpeto para a transgressão e para o imediatismo, sem pensar nas consequências e em quem vai assumi-las. As famílias não podem se eximir de deixar claro que, desde crianças, seus filhos devem arcar com as consequências de seus atos, por mais que queiramos protegê-los.
A orientação neste momento advém de algumas atitudes necessárias:
- Conhecer, se informar e acompanhar a evolução tecnológica. Ela é irreversível e chegará à nossa casa e para nossos filhos, independentemente de nossas escolhas.
- Deixar claro, ou seja, dizer de forma que todos entendam e cotidianamente com perseverança que aquilo que não aceitamos não queremos e não admitimos que seja feito no mundo real também não é e não será aceito no ambiente virtual.
- Crimes virtuais já são possíveis de serem descobertos e punidos. Mesmo que leve algum tempo.
- O fato de se esconder atrás de um perfil falso ou do anonimato demonstra covardia e dificuldade de colocar as opiniões publicamente.
- As consequências de atos ofensivos quando descobertos cairão sobre os responsáveis quando da impossibilidade de punir a criança e ao adolescente.
O artigo 21 do Código Penal diz que o desconhecimento da lei é irrecusável, ou seja, ninguém pode alegar que não conhecia a lei para se defender.
Sendo assim, conversem em família sobre os termos de uso das redes sociais, o cuidado com a exposição de fotos e dados pessoais e, mais ainda, sobre o ataque ao outro usando este recurso. Esclareçam que o cyberbullying não será aceito em hipótese alguma e, se descoberto, terá as mesmas punições da vida real. Alertem para o fato de que não ser o autor, mas compartilhar com “curtir” ou risadinhas com posts de amigos fazem dele um cúmplice com a mesma responsabilidade.
Sugiro que não esperem para conversar sobre o uso adequado dos recursos tecnológicos após um incidente. Provoquem o assunto, leiam juntos reportagens que tragam exemplos reais, discutam possibilidades com as quais seus filhos possam se deparar e escutem exemplos que eles tragam da escola ou do grupo de amigos, refletindo sobre o que vocês acham adequado ou não.
Amar seus filhos de forma incondicional não permite desculpá-los por um comportamento que pode levar outra pessoa a adoecer ou até mesmo provocar sua própria morte. E é isto que o cyberbullying faz.
Soluções para a tarefa
Respondido por
0
Resposta:
O cyberbullying é a prática da intimidação, humilhação, exposição vexatória, perseguição, calúnia e difamação por meio de ambientes virtuais, como redes sociais, e-mail e aplicativos de mensagens. A incidência maior de casos de cyberbullying ocorre entre os adolescentes, porém há um número considerável de jovens adultos que utilizam essa prática criminosa.
Perguntas interessantes