qual o papel das mídeas sociais na primavera Árabe
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Resposta:
As redes sociais desempenharam um papel considerável nos recentes movimentos contra a ditadura nos países árabes. A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe, que começou em 2010 na Tunísia, para todo o Norte da África e Oriente Médio não teria sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet. Foi na Internet que os setores mais inconformados da sociedade encontraram o instrumento ideal para exercer o ciber-ativismo, de onde eles puderam canalizar as críticas contra os abusos do poder das autoridades, agendar e realizar ações de protesto.[13]
Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, Mohamed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987 [14].
Resposta:
A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe, que completa um ano nesta quarta-feira (04/01), para toda a região do Norte da África e do Oriente Médio não seria teria sido possível sem os recursos e dispositivos proporcionados pelas redes sociais. A conclusão foi tirada de um relatório divulgado pela Dubai School of Government, que indica a importância de serviços como Twitter e Facebook na disseminação e fortalecimento das manifestações populares que, em última instância, se espalharam pelo mundo.
Na Tunísia, ponto de partida da série de revoltas, o número de usuários cadastrados no Facebook aumentou consideravelmente em um período de apenas dois meses: 200 mil novos cadastrados entre novembro de 2010 e janeiro de 2011, segundo o estudo.
Foi justamente nessa época que os tunisianos foram às ruas para exigir a queda do presidente Zine el Abidine Ben Ali, que estava no poder há 23 anos. A força do Twitter no país também é evidenciada pelos números do relatório. No dia 14 de janeiro, data em que Ben Ali renunciou e fugiu para a Arábia Saudita, a rede de microblogs teve seu pico de acessos por tunisianos.
Efe
Mulheres sírias participam de manifestação contra o governo de Bashar al Assad
A partir do aumento do número de usuários e acessos às redes sociais, começaram a surgir pessoas que se destacavam das demais por conta da frequência com que postavam suas mensagens e pela forma com que descreviam o que acontecia nos protestos.
Sultan al Qassemi é um deles. O analista político dos Emirados Árabes Unidos postou sua primeira mensagem relacionada à Primavera Árabe no início de janeiro, chamando a atenção para a morte do tunisiano Mohamed Bouazizi, vendedor de verduras que cometeu suicídio depois de revoltar-se com a com o tratamento dado pelo governo a ele e a toda a população tunisiana.
Al Qassemi narrou a revolução tunisiana, mas não parou com a saída de Ben Ali. Como seus posts passaram a ser largamente utilizado por veículos de comunicação ocidentais, o analista político começou a divulgar também o que acontecia no Egito.
Atualmente, Al Qassemi é seguido por mais de 88 mil pessoas. Em janeiro, quando os protestos começaram, seu perfil era seguido por apenas 7 mil pessoas. O crescimento vertiginoso fez com que ele fosse eleito um dos tuíteiros mais influentes do mundo, pela revista norte-americana Time. Durante os protestos no Egito, Al Qassemi passou a postar um comentário na rede a cada 45 segundos, em média.
De acordo com o relatório da Dubai School of Government, nove em cada dez tunisianos e egípcios afirmaram ter usado o Facebook para organizar os protestos e aumentar a participação da população nas manifestações.
Nos outros países em que a Primavera Árabe se fez presente, as redes sociais também mostraram sua força e ajudaram na organização dos protestos. O número de usuários do Facebook no mundo árabe cresceu de 14,8 milhões para 27,7 milhões no período de um ano, entre fevereiro de 2010 e 2011, também de acordo com o documento.