qual o novo paradigma do mundo contemporâneo
Soluções para a tarefa
Resposta:
O mundo contemporâneo tem sido caracterizado por dinâmicas sociais. Dinamicidade cuja força estimula novas formas de se perceber a realidade, de interagir e de se promover novas relações de poder. Novas demandas desencadeadas nas lutas de sobrevivência atribuem novos significados nas relações, tornando-as cada vez mais complexas. Dessa forma, as crises, a tensão e o conflito não são mais vistos como ‘disfunções’, mas como oportunidades de crescimento e transformações. A crescente complexidade das relações nos processos sociais caracterizados pelas ‘mudanças’ constantes nos tempos atuais - por estarem imbuídas no complexo processo de relações humanas - sinergeticamente articulados, tomam força de uma ‘virada cultural’ de dimensão histórica. O que surgiria e tornaria característico na era moderna, atinge seu apogeu na Contemporaneidade, como fase de revoluções, de incursão de novos paradigmas e transformação social. ‘Mudanças’ desencadeadas pelos indivíduos em épocas de ‘revolução’, próprias de fins de eras civilizadas, quando depreendiam-se também do amadurecimento científico e dos movimentos gerados a partir de ‘correntes filosóficas’ propostas por ‘pensadores’ geradores de reflexão subsidiárias de tais transformações. Esses movimentos trouxeram à tona dúvidas relativas à liberdade humana, aos direitos individuais e às questões que envolvem a moral e à ética e que, introjectados pelos indivíduos como práticas sociais, assumem formas de cultura.
Traçando, de modo breve, algumas prerrogativas a cerca das mudanças de paradigmas, podemos dizer que os processos sociais cujas culturas sustentam os ‘modelos’ – temporariamente concebidos como “verdade” – passam a ser questionados e postos à prova devido ao advento de outras “verdades” aceitas pela geração em ebulição. Essas “reivindicações” ocorrem devido à mudanças de ‘visão de mundo’, cristalizadas pelas gerações que se sucedem às demais. Mudanças de visão de mundo desencadeadas pelos indivíduos sociais cujas tradições são mutáveis e que, a partir do momento em que passam a ser entendidas como “ultrapassadas” por motivo de ‘erros’, ‘ilusões’ ou ‘limitações de entendimento’ constituem “novas visões” sobre a realidade.
Assim ocorrem as mudanças de ‘paradigmas’ que geralmente são concebidas de acordo com determinada matriz epistemológica como proposição maior e que de certo modo, impunha-se, por meio das tradições, como delineadora de caminhos científicos e metodológicos de se apreender e processar os conhecimentos humanos. Os modelos de educação formal institucionalizada, tecidos decerto, tangenciados por uma construção de inúmeros argumentos ideológicos, são também “ditados” pelos paradigmas. Assim, “a busca da verdade está doravante ligada à investigação sobre a possibilidade da verdade” (MORIN, 2005), pois o conhecimento, enquanto necessidade humana de auto-percepção e rompimento de limites, é absolutamente um campo inesgotável de possibilidades ideológicas e arranjos sociais intrínsecos. Por isso, o conhecimento não se dissocia completamente dos valores culturais de quem o constrói, pois, na verdade, sabe-se que existe sempre uma influência subjetiva na relação que surge entre o objeto estudado e o investigador que o estuda: qualquer cientista olha o mundo através das lunetas do seu espírito e não pode vê-lo com outros olhos que não os seus (BURGUETE, 2004). Assim, ser agente dos processos de produção do conhecimento formal ou informal, é de certa forma, participar das possibilidades incondicionais do conhecimento humano, assim como criar, recriar e, inevitavelmente, apagar memórias.