História, perguntado por danielafpp, 10 meses atrás

Qual o motivo de incidência de guerrilhas na América Latina? ​

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Respondido por bielgaab428
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Resposta:

A guerra de guerrilhas se configurou como prática de guerrilheiros na América Latina, a partir do século XX. Poucos movimentos guerrilheiros lograram êxito e conquistaram o poder.

No século XX, a guerra de guerrilhas foi amplamente difundida na América Latina. Os principais grupos de guerrilheiros latino-americanos surgiram na Colômbia, Venezuela, Peru, Guatemala, Argentina, Brasil, Nicarágua, entre outros.

Contudo, somente duas guerras de guerrilhas lograram êxito no continente americano, isto é, conquistaram o poder. A primeira foi em Cuba, no ano de 1959, na chamada Revolução Cubana, com os líderes Fidel Castro e o mártir Ernesto Che Guevara (a imagem de Che configurou-se como representação ideal-típica do guerrilheiro). O segundo movimento guerrilheiro que ostentou a tomada do poder na América Latina se deu na Nicarágua, em 1979, por meio da Frente Sandinista de Libertação Nacional. Os principais líderes foram Augusto Sandino, fundador da guerrilha nicaraguense, na década de 1920; e Daniel Ortega, que assumiu o poder no ano de 1979.

As principais ações das guerrilhas consistiram na efetivação do foquismo (ou os chamados focos), que se pautava na existência de condições objetivas, nas quais a prática revolucionária poderia ser colocada em ação. A prática da guerra de guerrilha consistia no combate em focos revolucionários a partir da luta armada, ou seja, para as guerrilhas ou guerrilheiros a luta armada consistia na única forma encontrada para combater os regimes ditatoriais presentes em vários países da América Latina e para conquistar o poder.

Em vários países latino-americanos, os guerrilheiros de díspares concepções política-ideológicas, como nacionalistas, marxistas, guevaristas, entre outros, utilizaram a luta armada para combater as ditaturas instaladas em diferentes países latino-americanos, como nos casos do grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, atuante nas décadas de 1970 e 1980, no Peru; e das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), atuantes até os dias de hoje.

No Brasil, a guerrilha de foco também existiu e foi colocada em prática pelos guerrilheiros brasileiros no ano de 1968, na conhecida Guerrilha do Araguaia, onde guerrilheiros revolucionários adotaram a luta armada como principal forma de derrubar a ditatura militar que havia sido instalada no Brasil, no ano de 1964. O foco guerrilheiro no Brasil se concentrou próximo ao rio Araguaia, na cidade de Xambioá, que naquela época pertencia ao estado de Goiás (hoje integra o estado do Tocantins), e na divisa dos atuais estados do Pará e Maranhão.

No final da década de 1960 e início de 1970, a Guerrilha do Araguaia foi duramente combatida pelo exército brasileiro. Sob o crivo do então presidente militar, Garrastazu Médici, vários guerrilheiros foram mortos e torturados pelos militares brasileiros. Até os dias atuais vários corpos de guerrilheiros que combateram na Guerrilha do Araguaia não foram encontrados.

A guerrilha urbana, qualificada como terrorismo pelo governo ditatorial e pela imprensa do país, inicialmente surpreendeu o aparelho repressivo do Estado, que, no entanto, não tardou em aperfeiçoar-se e profissionalizar-se no combate aos guerrilheiros. Para isso, o alto comando militar iniciou a construção de uma estrutura policial e burocrática calcada na espionagem, na coleta de informações, em operações policiais voltadas à captura e ao interrogatório de opositores políticos do regime através do uso sistemático da tortura.

A despeito de seu sucesso inicial, as organizações revolucionárias foram caminhando para um crescente isolamento social, que piorou muito após a escalada repressiva e a campanha de desinformação perpetrada por alguns setores da ditadura, que chegaram a realizar atentados terroristas de bandeira falsa contra civis e militares, que foram efetuados por paramilitares ligados à autoridades do próprio governo federal, com a finalidade de erodir o apoio popular aos revoltosos e justificar o aprofundamento do autoritarismo. As ações armadas nas cidades duraram pouco tempo. De todas as organizações envolvidas na luta armada, apenas o PCdoB conseguiu promover efetivamente a guerrilha rural. O desmantelamento da guerrilha do Araguaia em 1974 marcou a desarticulação total da luta armada no Brasil, ao custo de centenas de mortos, exilados e desaparecidos durante a ditadura


danielafpp: A resposta está bastante completa, mqs acabou por fugir um bocado ao tópico: Que motivos para além da existência de regimes ditatoriais podem estar na origem das guerrilhas?
danielafpp: mas*
bielgaab428: blz
Respondido por analaura8724
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Resposta:No século XX, a guerra de guerrilhas foi amplamente difundida na América Latina. Os principais grupos de guerrilheiros latino-americanos surgiram na Colômbia, Venezuela, Peru, Guatemala, Argentina, Brasil, Nicarágua, entre outros.

Contudo, somente duas guerras de guerrilhas lograram êxito no continente americano, isto é, conquistaram o poder. A primeira foi em Cuba, no ano de 1959, na chamada Revolução Cubana, com os líderes Fidel Castro e o mártir Ernesto Che Guevara (a imagem de Che configurou-se como representação ideal-típica do guerrilheiro). O segundo movimento guerrilheiro que ostentou a tomada do poder na América Latina se deu na Nicarágua, em 1979, por meio da Frente Sandinista de Libertação Nacional. Os principais líderes foram Augusto Sandino, fundador da guerrilha nicaraguense, na década de 1920; e Daniel Ortega, que assumiu o poder no ano de 1979.

As principais ações das guerrilhas consistiram na efetivação do foquismo (ou os chamados focos), que se pautava na existência de condições objetivas, nas quais a prática revolucionária poderia ser colocada em ação. A prática da guerra de guerrilha consistia no combate em focos revolucionários a partir da luta armada, ou seja, para as guerrilhas ou guerrilheiros a luta armada consistia na única forma encontrada para combater os regimes ditatoriais presentes em vários países da América Latina e para conquistar o poder.

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