Qual o foco narrativo do conto de negrinha?
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Resposta:
no foco narrativo é recorrente, exemplificando (Eu acho)
Resposta:
Quanto ao narrador de Negrinha, este se apresenta como extradiegético, que, conforme Segolin (1999), tal classificação designa um narrador que conta uma história que não é a sua, e, no caso desse conto, o discurso irônico presente no foco narrativo é recorrente, exemplificando: “A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fôra senhora de escravos […]”. (LOBATO, 2000, p. 12). Nesse sentido, percebe-se que esse tratamento dado ao narrador serve como uma forma de denunciar os problemas sociais presentes no contexto em que as personagens estão inseridas. Contudo, a discursividade desse foco narrativo mostra-se polifônica, haja vista que as vozes narrativas envolvem-se em uma interação:
Uma criada abriu-se e tirou os brinquedos. Que maravilha! Um cavalo de pau!… Negrinha arregalava os olhos. Nunca imaginara coisa assim tão galante. Um cavalinho! E mais… Que é aquilo? Uma criancinha de cabelos amarelos… que falava ‘mamã’… que dormia […]. (LOBATO, 2000, p. 16).
A polifonia desse conto, como ocorre na citação acima em que a voz do narrador funde-se às reflexões de Negrinha, equivale ao enfoque das manifestações do mundo interior das personagens ou, segundo BEZERRA (2005, p. 193), “[…] à libertação do indivíduo, que de escravo mudo da consciência do autor se torna sujeito de sua própria consciência […]”. Assim, nesse conto de Monteiro Lobato, a protagonista se antropomorfiza por completo ao assumir um fluxo de consciência próprio, tornando-se plural perante um mundo transformado pelas mudanças sociais e ideológicas.
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