História, perguntado por adrianovc192, 9 meses atrás

Qual o argumento apresentado por Roosevelt para combater a ação das companhias monopolistas?

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Respondido por carlosjanich
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O governo de Franklyn Delano Roosevelt (1933-45) representou a experiência governamental mais progressista da história dos Estados Unidos. Seu programa foi uma resposta à maior crise que seu país viveu até então. Deflagrada em outubro de 1929 pelo estouro da Bolsa de Valores de Nova Iorque, a Grande Depressão se alastraria por todo o mundo o capitalista. A crise trouxe à tona não apenas as contradições inerentes à economia capitalista, mas, sobretudo, as que caracterizam sua fase imperialista. O único País do mundo a escapar da crise foi a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.  

Eleito em 1932 contra os setores mais reacionários da oligarquia financeira dos EUA, Roosevelt concebeu o New Deal (Novo Acordo) para enfrentar os graves problemas econômicos e sociais do país. Foi implementado de 1933 a 1943. Com a morte de Roosevelt em 1944, a maioria dos programas do New Deal foi abolida. Eles já haviam sido parcialmente alterados durante a guerra por pressão de seus opositores, principalmente os setores belicistas. A característica básica desse programa foi o recurso à ação do Estado na economia, não apenas para viabilizar a recuperação e desenvolvimento da economia, mas também para combater os graves problemas sociais típicos do capitalismo, sobretudo em seus momentos de crise.  

Para isso, foram criadas dez agências governamentais destinadas a atuar nos distintos setores da economia e das relações de trabalho. Era tal a profusão de siglas que o plano chegou a ser apelidado de alphabet agencies. Caracterizou o New Deal a realização de grandes obras públicas, sobretudo nas regiões mais atrasadas, como o Vale do Tenessee. Além disso, o Estado participava da economia produzindo bens e serviços e favorecendo a distribuição de renda através de programas sociais. Na época, sob a liderança de Getúlio Vargas, o Brasil viveu uma experiência semelhante. Com esse programa, os Estados Unidos puderam salvar-se da maior crise da sua história e preparar-se para a Segunda Guerra Mundial, de onde emergiram como a maior potência do mundo capitalista.  

Por haver liderado essa façanha, o presidente Roosevelt, depois de eleito em 1932, voltou a reeleger-se por mais três vezes. A morte em 1945 o impediria de cumprir seu último mandado conquistado naquele ano. A experiência de ação estatal na economia, que já vinha sendo vivenciada na União Soviética, serviu de base para a teoria que o economista inglês John Maynard Keynes elaboraria e publicaria em 1936, em seu célebre livro Teoria geral do juro, do emprego e do dinheiro. Segundo essa teoria, a intervenção estatal – quer produzindo ou distribuindo riqueza -, não apenas contribui para as economias capitalistas saírem das crises que as assolam periodicamente, como também ajuda a promover o desenvolvimento econômico. No pós-guerra, a maioria das economias capitalistas passaria a adotar programas com base nessa concepção, o que ensejou o maior período de progresso econômico da era capitalista, além de haver permitido a melhor distribuição de renda da história dessa economia. Esse período se encerraria com a emergência de uma nova crise da economia capitalista, deflagrada na década de 1970

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